Empresa de Oliveira de Azeméis investe 23 milhões de euros na criação de alternativa ao lítio

A empresa de Oliveira de Azeméis Simoldes vai investir 23 milhões de euros na construção de uma nova fábrica e de um novo centro de desenvolvimento tecnológico para produzir células de iões de sódio em alternativa ao lítio, um projeto aprovado no âmbito do PRR.

Segundo avança o ‘Negócios’, estas células têm como destino os setores da mobilidade e residencial (chamado setor estacionário), a partir de 2025 e a previsão total de investimento é de mais de 27 milhões, e não vai envolver apenas a empresa, mas também a a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o Vasco da Gama CoLab.

Júlio Grilo, diretor de inovação da Simoldes Plásticos, explicou à publicação que tanto a fábrica como o centro tecnológico serão construídos em Oliveira de Azeméis e que a obra pode já começar em 2023, para que estas novas células já estejam a ser produzidas em 2025 e sejam comercializadas em 2026. Para esta comercialização, está a ser criada a Simoldes Energy.

No processo de produção, a fábrica produz as células de iões de sódio e os integradores finais montam as baterias. Tendo em conta que a aplicação está prevista para os mercados da mobilidade e dos edifícios, Júlio Grilo admitiu ainda ao ‘Negócios’ que também os construtores automóveis podem estar abrangidos, tendo em conta que o grupo já fornece componentes a este setor, “dependo da performance da bateria final”.

“Hoje ainda é muito cedo para perceber a performance desta célula de ião de sódio comparativamente com a tecnologia atual de ião de lítio”, diz, mas acrescenta que a expectativa do grupo “é conseguir atingir uma performance semelhante com um nível de competitividade económica e de sustentabilidade de materiais superior ao do lítio”.




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