“É a cabeça da serpente”: Israel revela documento que alegadamente mostra uma ligação direta com o Hamas e o Irão

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, revelou um documento de 2021 apreendido nos túneis na Faixa de Gaza no qual o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) solicita 500 milhões de dólares (cerca de 456 milhões de euros) ao Irão para “destruir Israel em dois anos”.

A carta, assinada por Yahya Sinwar e Muhammad Deif, pedia à Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana um plano para penetrar em território israelita, o que, segundo Katz, acabou por se materializar no ataque de 7 de outubro de 2023. “Aqui apresento um documento que pela primeira vez demonstra uma ligação direta entre o Irão e Yahya Sinwar e Mohammad Deif, encontrados nos túneis dos líderes do Hamas em Gaza”, acusou Katz, citado pela publicação israelita ‘The Times of Israel’.

Isso demonstrou ” o apoio do Irão ao plano do Hamas de destruir Israel”, continuou o responsável israelita, numa visita à Diretoria de Inteligência Militar, ou Amshat. “Neste documento, eles pedem ao comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária que transfira 500 milhões para destruir o Estado de Israel.”

Especificamente, o Hamas pediu 20 milhões de dólares por mês por um período de dois anos “para atingir essas metas grandiosas e mudar a face do mundo”. “Confiamos que até o final desses dois anos, ou antes, se Alá quiser, teremos erradicado essa entidade monstruosa e posto fim a esse período sombrio na história da nossa nação”, referiu a carta.

O chefe da Divisão Palestiniana da Guarda Revolucionária, Said Izadi, “aceitou o pedido e respondeu que o Irão, apesar da situação difícil da população iraniana, continuará a enviar dinheiro ao Hamas porque a luta contra Israel e os Estados Unidos é a principal prioridade do regime iraniano”, disse Katz.

“A conclusão é clara: o Irão é a cabeça da serpente e, apesar das suas negações, também está a financiar e a promover o terrorismo em todas as regiões, de Gaza, por todo o Líbano, Síria, Judeia e Samaria (Cisjordânia), e agora com os Houthis no Iémen, procurando destruir Israel”, concluiu.