Dona da Nivea em Portugal acusada de fixar preços com os supermercados

A Beiersdorf Portuguesa, responsável por marcas como Nivea e Eucerin, enfrenta uma ação judicial movida pela Ius Omnibus no Tribunal da Concorrência. A associação de defesa dos consumidores acusa a empresa de fixar preços em colaboração com cadeias de distribuição entre 2008 e 2017, prejudicando os consumidores portugueses. A ação coletiva exige indemnizações pelo sobrepreço pago durante esse período.

De acordo com o processo, a prática terá ocorrido em supermercados através de acordos que alinhavam os preços de produtos de cuidado da pele, revela o ‘DN’. Este esquema já havia sido identificado em 2022 pela Autoridade da Concorrência (AdC), que aplicou uma multa global de 19,5 milhões de euros a várias empresas, incluindo a Beiersdorf. Na ocasião, o regulador classificou o comportamento como “equivalente a um cartel”.

A Ius Omnibus pretende que o tribunal reconheça os danos causados aos consumidores e condene a Beiersdorf a compensar todos os clientes representados na ação.

Em 2023, o grupo alemão registou um volume de negócios de 9447 milhões de euros e um lucro líquido de 876 milhões, mas enfrenta novos desafios legais que poderão impactar a sua reputação no mercado.