Detido um dos maiores criminosos da Europa. ‘Lavou’ mais de 200 milhões de euros

Um dos maiores criminosos na Europa suspeito de estar associado a esquemas de lavagem de dinheiro foi detido, esta semana, em Espanha. Esse foi o resultado de uma operação policial internacional que foi liderada pela Guardia Civil.

Avança a Europol, esta quinta-feira, que o suspeito “era considerado um alvo de grande valor” devido “ao seu envolvimento em vários casos criminais de grande importância por toda a Europa”. O órgão de polícia internacional revela ainda que o homem foi identificado em abril pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por ter ligações ao grupo mafioso irlandês conhecido como ‘clã Kinahan’.

Fonte: Europol e Guardia Civil

É explicado que o suspeito e seus associados, que também foram detidos, a operar a partir de Espanha, recebiam grandes quantias de organizações criminosas, enviando, depois, esse dinheiro para outros grupos localizados noutros países.

O dinheiro era transferido através do sistema bancário hawala, que a Europol descreve como sendo “um método informal de transferir dinheiro sem que seja movimentado qualquer dinheiro físico”.

Durante o ano e meio em que a investigação esteve ativa, as autoridades de polícia criminal descobriram que os suspeitos ‘lavaram’ mais de 200 milhões de euros. Foram apreendidos 200 quilos de cocaína e cerca de 500 mil euros em dinheiro em veículos equipados com compartimentos escondidos e que eram propriedade do grupo criminoso.

Os principais elementos que operavam em Espanha criaram até uma marca de vodka para disfarçar a origem dos lucros, que era promovida em bares, discotecas e restaurantes na Costa del Sol.

Já no Reino Unido, criaram uma ‘empresa-fachada’, que dependia de outra empresa sediada em Gibraltar, de forma a esconder a identidade dos seus administradores das empresas que estavam a ser usadas como meios de ‘lavagem’ dos lucros ilegais obtidos através do sistema hawala.

A Guardia Civil espanhola contou com a colaboração das autoridades criminais do Reino Unido, dos Países Baixos e da Irlanda, tendo a operação sido coordenada pela divisão de crimes financeiros da Europol.

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