“Desvio de rota” não autorizado: Forças de Defesa de Israel justificam disparos contra delegação diplomática que incluía português
As Forças de Defesa de Israel (IDF) justificaram esta quarta-feira, 21 de maio, que os disparos efetuados contra uma delegação diplomática internacional na cidade de Jenin ocorreram depois de os veículos do grupo, onde se incluía um diplomata português, se terem desviado da rota previamente aprovada e terem entrado numa área considerada não autorizada.
De acordo com comunicado oficial enviado pela embaixadora de Israel em Portugal, e citado pelo Correio da Manhã, os soldados israelitas presentes na zona abriram fogo com “tiros de advertência”, após considerarem que a presença dos veículos constituía uma potencial ameaça. As autoridades israelitas sublinham que não há registo de feridos nem de danos materiais na sequência do incidente.
A mesma nota informa que, depois de esclarecido que os ocupantes dos veículos eram diplomatas em missão oficial, as IDF procederam imediatamente à revisão do caso. “Ao final do incidente, uma vez esclarecido que os indivíduos faziam parte de uma delegação diplomática, o Comandante da Divisão da Judeia e Samaria, Brigadeiro-General Yaki Dolf, imediatamente revisou o incidente”, lê-se no documento.
Além disso, o Chefe da Administração Civil israelita, Brigadeiro-General Hisham Ibrahim, ordenou aos oficiais da unidade envolvida que contactassem de imediato os representantes dos países afetados. O mesmo responsável “manterá brevemente conversas pessoais com os diplomatas para atualizá-los sobre as conclusões do inquérito inicial”, acrescenta o comunicado.
“As IDF lamentam o inconveniente causado”, conclui a nota enviada à imprensa, procurando atenuar a tensão gerada por mais um incidente que envolve forças israelitas e representantes internacionais em contexto sensível.