Despedimentos e reestruturações: Empresas como NOS, Google e Stellantis colocam milhares no desemprego

O arranque de 2025 está a ser marcado por uma nova vaga de despedimentos em grandes empresas, nacionais e internacionais. Reestruturações, alterações estratégicas e adaptações aos novos hábitos de consumo estão a levar várias organizações a reduzir significativamente os seus quadros de pessoal.

A NOS está a avançar com um plano de reestruturação que inclui o despedimento de um número considerável de trabalhadores. A empresa, que encerrou o ano de 2024 com 1.827 colaboradores, já notificou diretores e cargos intermédios sobre a medida. Segundo relatos, em algumas direções, entre 8 a 10 pessoas terão sido informadas da dispensa, segundo uma análise da Teamlyser.

Esta reestruturação ocorre três meses após a operadora ter adquirido a Claranet Portugal por 152 milhões de euros e comprado uma participação de 20% na empresa portuguesa DareData. Em paralelo, a Altice foi também associada a alegados despedimentos em massa, de acordo com informações divulgadas numa thread no Reddit onde se comentam os recentes cortes na NOS, revela a mesma fonte.

A tendência de cortes de pessoal estende-se a outras empresas de renome. A Google eliminou cerca de 200 postos de trabalho na sua unidade de negócios global, justificando a medida como uma forma de melhorar a colaboração interna e o serviço ao cliente, otimizando a estrutura da empresa.

A fabricante automóvel Stellantis anunciou a intenção de reduzir mais de 500 postos de trabalho em Itália, através de saídas voluntárias. Esta decisão junta-se a outros processos de redução em curso e é interpretada como um possível sinal de desinvestimento no país.

Também a cadeia de supermercados Auchan comunicou o encerramento de 25 lojas em Espanha e a eliminação de mais de 700 empregos. A empresa justificou a decisão com a mudança nos hábitos de consumo, que favorecem lojas mais pequenas e convenientes.

Nos Estados Unidos, a PwC vai despedir cerca de 1.500 trabalhadores, afetando sobretudo as áreas de auditoria e fiscalidade. A empresa explica que esta decisão resulta da baixa rotatividade de pessoal nos últimos anos.

Por fim, a Farfetch está envolta em rumores de novos despedimentos, com relatos de cortes transversais nas equipas. A empresa tem vindo a implementar mudanças internas nos últimos meses, num contexto de contínua reestruturação.