Desde o início da guerra, petrolíferas já pagaram 63 mil milhões de euros à Rússia por combustíveis. Principal destino é a UE
Passados pouco mais de dois meses desde que a Rússia lançou a sua ofensiva militar contra a Ucrânia, muitas são já as vozes que apelam a um isolamento do governo de Vladimir Putin e a cortes do financiamento da economia russa, principalmente com o abandono total do gás natural e petróleo exportados desse país. Contudo, o dinheiro continua a fluir para os cofres do Kremlin.
Desde o início do conflito que empresas petrolíferas já pagaram à Rússia cerca de 63 mil milhões de euros, de acordo com dados do Research on Energy and Clean Air, avançados pelo ‘Expansión’. Nomes como BP, Exxon Mobil, Shell, Repsol, Total aparecem como fazendo parte de um grupo de empresas que continua a pagar a Moscovo por produtos energéticos.
O petróleo e gás natural têm saído da Rússia através de transporte marítimo ou gasodutos e o principal destino é a União Europeia, representando cerca de 71% dessas exportações russas. Até ao momento, a União Europeia já pagou mais de 48 mil milhões de euros à Rússia desde o dia 24 de fevereiro para suprir as necessidades de combustíveis fósseis do bloco, com a Alemanha, a Itália, os Países Baixos, França, Espanha e Bélgica entre os 10 maiores importadores mundiais de energia russa.
Fonte: Centre for Research on Energy and Clear Air
Revela o mesmo jornal espanhol que apesar de as importações para a Europa de petróleo e carvão terem diminuído 20% e 40%, respetivamente, o volume de gás natural comprado à Rússia aumentou cerca de 20%.