Depressão ‘Martinho’: Algarve regista rajada de vento de mais de 158 km/h

O vento resultante da depressão ‘Martinho’ atingiu 158,8 km/h: este foi o valor da rajada mais forte, registada em Fóia, Monchique, no Algarve, de acordo com dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que tinha colocado o país em aviso laranja devido à previsão de rajadas que poderiam atingir até 120 km/h.

Segundo o IPMA, houve quatro rajadas maiores dos que as previstas: também em Fajão (Pampilhosa da Serra), o vento atingiu os 137,9 km/h, já no Cabo da Roca atingiu os 133,6 km/h. Nas Penhas Douradas, na Serra da Estrela, houve uma rajada de 129,6 km/h.

A depressão Martinho, que desde ontem tem afetado Portugal com chuva intensa e vento forte, provocou mais de 5.800 ocorrências registadas até ao meio-dia de hoje. Entre os principais incidentes estão a queda de árvores e objetos, bem como inundações que causaram 13 deslocados e 15 desalojados em diferentes pontos do país. As autoridades alertam que o mau tempo se manterá até sábado, podendo ocorrer fenómenos meteorológicos extremos.

A região de Lisboa registou o maior número de ocorrências, com mais de 2.000 situações reportadas. Setúbal representa cerca de 10% do total de ocorrências registadas, enquanto o Porto e Coimbra também se destacam, com aproximadamente 300 incidentes cada. O padrão de ocorrências está essencialmente relacionado com quedas de árvores e objetos arrastados pelo vento, além de inundações urbanas.

Apesar do mau tempo, os bombeiros têm combatido vários incêndios florestais no norte do país, sobretudo na zona de Arcos de Valdevez, onde foram registadas 48 ocorrências até às 10h00. “Não é habitual termos tantos incêndios nesta altura do ano. Isso demonstra o mau uso do fogo que ainda é feito”, alertaram as autoridades.

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