CTT dizem que a greve teve adesão de apenas 10,5%
Os CTT revelaram, através de comunicado, que o primeiro dia dos três de greve teve uma adesão muito reduzida “de apenas 10,5%” e “sem impacto expressivo na atividade da empresa”.
“Tendo procedido ao registo no sistema de processamento de vencimentos dos trabalhadores aderentes à greve, apuraram uma taxa efetiva de adesão de apenas 10,5% até às 12h horas desta segunda-feira, sem impacto expressivo na atividade da empresa”, indica a empresa.
Rejeitando que haja qualquer influência na distribuição, até porque a paralisação não exerceu “impacto na atividade e operação”, os CTT referem que não se sentiu “qualquer interrupção do serviço aos clientes”. Quanto às lojas, “a greve também não afetou o serviço, uma vez que todas as Lojas CTT se encontram abertas”.
Embora convictos de que “a baixa adesão” não levará a que se sintam efeitos da greve, os CTT mostram disponibilidade para, “onde eventualmente se sentirem eventuais constrangimentos”, se “proceder, como habitualmente, a uma distribuição extraordinária de correio nos próximos dias”.
A empresa aproveita a oportunidade para condenar e lamentar “veementemente a greve convocada para os dias 30 de novembro (segunda-feira, véspera de feriado), 2 e 3 de dezembro”, repudiando “as razões para a sua realização”. E o comunicado acrescenta: “Os CTT lembram que, no contexto de pandemia e desafiante enquadramento económico a empresa sempre protegeu os trabalhadores, não recorrendo ao lay-off, comparticipando a vacina para a gripe e antecipando o pagamento do subsídio de Natal e dos prémios extraordinários junto dos colaboradores, incluindo um prémio pontual atribuído aos trabalhadores que estiveram na linha da frente durante o Estado de Emergência de abril e maio.”
Sublinhando o respeito pelo direito à greve, “os CTT não podem deixar de estranhar e repudiar as datas escolhidas pelas organizações representativas dos trabalhadores para a sua realização, numa semana com um feriado – como já tinha acontecido na última greve geral (na sexta-feira, 12 de junho, após dois feriados) e em plena peak season“.
No documento, os CTT manifestam estranheza por “também terem sido convocados, hoje mesmo, plenários de trabalhadores das várias áreas da empresa para dia 4, sexta-feira, após a realização dos três dias de greve numa semana com um feriado”. Além disso, “lamentam que as motivações políticas dos sindicatos se sobreponham à sustentabilidade da empresa e preservação dos postos de trabalho”.