Crise faz subir número de alunos abrangido pela Ação Social Escolar. 40% depende das ajudas do Estado

O número de alunos apoiados pela Ação Social Escolar (ASE) está a aumentar desde 2020 e atingiu no ano passado 370 035 estudantes de um total de 990 772. Ou seja cerca de um em cada quatro (37,4%) alunos depende das ajudas do Estado para conseguir estudar.

Os números do Ministério da Educação, cedidos ao Jornal de Notícias revelam uma realidade que diretores de escolas e câmaras municipais temem que esteja em crescimento, perante a crise económica e o aumento do custo de vida.

“Infelizmente, a tendência vai ser de subida. Claramente”, lamenta Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep). Já a Confederação Nacional de Pais comenta que o número de alunos a comer nas cantinas disparou este ano, e já há famílias com dificuldades a pagar as refeições escolares.

O recorde de beneficiários da ASE foi atingido no ano letivo de 2017-2018, quando se registavam 371 436 alunos, mas ainda assim a percentagem era inferior à registada o ano passado (28,3%), já que havia mais alunos inscritos.

Nos dois anos seguintes registou-se redução do número de alunos apoiados pela ASE e, desde 2020, a tendência inverteu-se e tem vindo a aumentar. O ME considera que o crescimento está relacionado com a quebra no número de alunos, e também com “os efeitos da pandemia”.

Os dados do Governo revelam que foi no Porto que houve maior redução de alunos apoiados pela ASE, faze a 2017: uma redução de 6187 beneficiários. Setúbal (menos 887), Braga (menos 884) e Viana do Castelo (877) seguem-se na lista dos distritos com maior quebra no número de beneficiários de ASE.

No outro espectro, dos distritos com maiores aumentos de número de alunos apoiados pelo Estado, estão Aveiro (2341), Faro (1910), Lisboa (720) e Leiria (675).

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