Creche Feliz: Há famílias a avisar colégios que vão retirar os filhos porque não conseguem continuar a pagar

Há famílias a avisar colégios que pretendem tirar os filhos porque não conseguem pagar as mensalidades, conforme esperam que o Governo avance no compromisso de uma transição gratuita para os que frequentarem a “Creche Feliz”, apontou esta quinta-feira o ‘Jornal de Notícias’: segundo Susana Batista, presidente da Associação de Creches e de Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular, “há país que podem ter de deixar de trabalhar para ficar com os filhos em casa”.

O Governo, indicou Luís Montenegro, vai testar novos contratos de associação no Pré-Escolar para garantir acesso universal e gratuito: no entanto, o enquadramento jurídico ainda está em marcha e só depois será contratualizada, pelo que deverá demorar. “Estamos numa corrida contra o tempo com famílias desde setembro a pagar mensalidades à espera de informação. Precisam de uma resposta urgentemente, nem que seja uma solução transitória”, salientou Susana Batista.

No entanto, não há vagas, segundo admitiu Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, esta semana, revelando que 20 mil crianças inscritas não conseguiram lugar. O Governo já revelou pretender avançar para “uma solução subsidiária”, ou seja, junto de privados, mas ainda não houve reuniões com as duas associações.

“Estamos abertos a qualquer modelo que o Estado queira fazer, desde que seja acessível para todas as crianças e seja aplicado em tempo útil”, precisou a presidente da ACPEEP, sublinhando que, só esta semana, os jardins de infância privados começaram a ser contactados pelo Ministério da Educação sobre o número de crianças de 3 anos inscritas.

Rodrigo Queiroz e Melo, presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), sublinhou que os colégios aderentes da associação não têm creches. “Vemos como muito positivo o ultrapassar da barreira ideológica entre público e privado. Estamos dispostos a resolver o problema. Mas precisamos de conhecer o modelo. Vai exigir legislação. Não será nada para o próximo mês. Pode ser uma solução preparada para o próximo ano letivo”, defendeu. “O que nós temos de dar é os incentivos para que o aumento da oferta, a abertura de salas, se faça onde ela faz falta.”






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