Covid-19: Produção de vacinas é maior do que capacidade de distribuição, alerta indústria farmacêutica
Muitos países europeus, incluindo Portugal, têm vindo a aliviar progressivamente as restrições que marcaram a pandemia de Covid-19: não há confinamentos e as máscaras já são obrigatórias em locais e circunstâncias particulares.
Contudo, as autoridades de saúde indicam que os casos de infeção continuam a acumular-se, embora, devido às campanhas de vacinação, tenha sido possível fazer cair a pique o número de mortes e hospitalizações. Ainda assim, a mensagem dos especialistas é clara: a pandemia não terminou e é preciso continuar a ter cuidados e a receber doses de imunização.
Neste quadro, Thomas Triomphe, dirigente do departamento de vacinas da farmacêutica Sanofi, conta à ‘Euronews’, que “hoje a capacidade de produção de vacinas contra a Covid-19 excede largamente o número de doses que se consegue administrar”.
Assim, o problema não está na produção, mas sim na distribuição. “O desafio já não está no abastecimento das vacinas, mas na capacidade para efetivamente realizar campanhas de vacinação a nível nacional, em especial relativamente aos adultos e idosos”, aponta Triomphe.
Na semana passada, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou duas novas vacinas especialmente concebidas para proteger contra a variante Ómicron, mas a Comissão Europeia já alertou que os Estados-membros precisam de, em paralelo, adotar medidas que permitam evitar novos surtos de Covid-19.
Essas ações poderão passar pela combinação da administração da vacina da Covid-19 e da vacina da gripe, algo que a Direção-Geral da Saúde (DGS) fez, sendo que a campanha começa já amanhã, dia 7 de setembro.
As autoridades de saúde, internacionais e nacionais, avisam que os meses mais frios poderão despoletar a subida do número de casos de Covid-19 e que é preciso não baixar a guarda, por exemplo, apostando na vacinação e nas doses de reforço.