Covid-19: Europa tem seis meses «duros» pela frente, adverte OMS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a Europa deve preparar-se para seis meses “duros”, enquanto luta contra a segunda vaga da covid-19.
O continente europeu está mais uma vez no centro da pandemia, ao lado dos Estados Unidos, com a maioria dos países europeus a reintroduzirem medidas apertadas para travar a propagação do vírus.
Segundo o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, mais de 29.000 mortes por covid-19 foram registadas em todo o continente na semana passada, acrescentando que os confinamentos estavam a ajudar a diminuir o número de novos casos.
Desde o início da pandemia, a Europa registou mais de 15 milhões de infeções e mais de 354 mil óbitos.
“Há uma luz ao fundo do túnel, mas os próximos seis meses serão duros”, salientou, referindo-se inicialmente aos recentes desenvolvimentos nas vacinas. As que estão a ser desenvolvidas pela Oxford, Pfizer, Moderna relataram resultados preliminares promissores.
“A Europa está de novo no epicentro da pandemia, juntamente com os Estados Unidos”, disse numa conferência de imprensa em Copenhaga, na Dinamarca. Acrescentou que há “uma pessoa a morrer a cada 17 segundos” no continente por causa do novo coronavírus.
O Reino Unido é o país mais atingido na Europa, tornando-se o primeiro país europeu a registar mais de 50.000 mortes na semana passada. A França tem o maior número de infeções, com 2.115.717 casos.
De acordo com Hans Kluge, a Europa foi responsável por 28% dos casos e 26% das mortes em todo o mundo. O responsável mostrou-se especialmente preocupado com a situação na Suíça e em França, onde as unidades de cuidados intensivos (UCI) estão a ficar sobrecarregadas.
O diretor regional da OMS para a Europa disse também que o Natal deste ano será “diferente, mas isso não significa que não possa ser um Natal feliz”.