Covid-19. É só fazer as contas: Coca-Cola vale agora 10 vezes mais que o petróleo

Com os mercados ainda a digerir o que aconteceu na passada terça-feira, e que nunca ninguém pensou ser possível, a maturidade do futuro do petróleo americano chegou a zero, continua a haver tanto petróleo nos EUA que quase não há capacidade para armazená-lo, enquanto a atividade económica continua a definhar.

Se o cenário não melhorar, os vencimentos de junho e julho, do oeste de junho, também poderão atingir zero, a menos que o Índice do Báltico a Seco, que mede o custo médio por tonelada de frete de navios globais, acelere a recuperação do caos absoluto no qual caiu em fevereiro.

A matéria-prima que moveu o mundo no século 20 não fará muito no século 21, e os analistas estão incrédulos sobre a trajetória dos preços até aos 15 dólares por barril.

E alguns ilustram a sua estupefação com o seguinte exemplo: como cada barril de petróleo bruto é de aproximadamente 159 litros, cada um vale menos de dez centavos. Sabe quanto custa uma garrafa de dois litros de Coca-Cola nos EUA? Pouco mais de 2 dólares. Ou seja, o litro vale pouco mais de um dólar, o que faz com que, neste momento, a Coca Cola esteja a valer dez vezes mais do que o petróleo.

Na manhã desta segunda-feira, o preço do barril de crude recuava em Nova Iorque 12,99%, para os 14,74 dólares, após quatro sessão a recuperar da sangria que pela primeira vez na história de, há uma semana atrás, ter levado o ‘ouro negro’ a negociar em valores negativos.

Do lado de cá do Atlântico, o barril de brent apresentava uma queda mais ligeira. Após três dias a subir, desvaloriza 4,99%, para os 20,37 dólares, no mercado londrino, dando com terminado um ciclo de três sessões de recuperação.

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