
Cortes na EDP: Empresa quer reduzir até 7% dos trabalhadores em Portugal
A EDP pretende reduzir até 7% da sua força de trabalho em Portugal, através de rescisões amigáveis e reformas antecipadas. A empresa, que terminou 2024 com 12.596 funcionários, tem enfrentado dificuldades financeiras, registando um lucro de 801 milhões de euros no último ano, uma quebra de 16% face a 2023.
Esta situação reflete-se também na equipa de gestão, cuja remuneração desceu de 10,25 milhões para 8,45 milhões de euros.
A redução do número de trabalhadores surge num contexto de crescente desconfiança interna, como revela o ‘Expresso’. De acordo com o mais recente inquérito interno da elétrica, a percentagem de funcionários que confia na administração caiu de 69% em 2023 para 57% em 2024. Além disso, apenas 54% consideram a EDP “aberta e honesta” na comunicação com os colaboradores, uma quebra face aos 63% do ano anterior. Em resposta, o CEO Miguel Stilwell de Andrade garantiu que a empresa está focada em manter-se competitiva e eficiente.
O sindicato Sindel alerta para um aumento das saídas e para a preocupação dos trabalhadores com a política de rotação de ativos, que pode gerar instabilidade, revela a mesma fonte. A EDP não revelou o número exato de saídas previstas, mas assegura que continuará a promover programas de renovação de quadros para responder aos desafios do mercado.