Confiança dos consumidores sobe em abril e maio. Perspetivas dos empresários sobre evolução dos preços caíram em todos os setores
Dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta segunda-feira, dia 30 de maio, mostram que, nos últimos dois meses, o nível de confiança dos consumidores conseguiu recuperar da queda abrupta do mês de março.
A subida do indicador de confiança revela que os consumidores têm hoje perspetivas mais otimistas sobre a evolução futura da situação económica em Portugal. No entanto, o INE destaca que apesar da melhoria geral verificada, “as espectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias contribuíram negativamente para o comportamento do indicador”, aponta a análise.
Em abril e maio, o saldo das perspetivas acerca da futura evolução dos preços caiu, após o grande aumento registado no passado mês de março.
Sobre o mundo empresarial, o estudo do INE aponta que “os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram em todos os setores”. Tal acontece depois de as expectativas terem atingido máximos das séries em abril.
Na Indústria Transformadora, o indicado de confiança registou uma redução em maio, contrariando a subida de abril. Esta redução deveu-se às perspetivas sobre a evolução dos níveis de procura global. Sobre a procura no mercado interno, os dados mostram uma menor confiança das empresas com produção orientada para o mercado doméstico em maio, comparativamente abril. No que toca à procura externa, as perspetivas das empresas mostraram também uma perda de confiança.
No que toca aos preços de venda, as expectativas das empresas diminuíram em maio em todos os segmentos: bens de consumo, bens de investimento e bens intermédios.
Contrariamente, no setor da Construção e Obras Públicas o indicador de confiança aumentou em maio, depois de nos três meses anteriores ter diminuído, impulsionada pelas perspetivas sobre a carteira de encomendas e sobre o emprego.
No segmento do Comércio, o indicador de confiança caiu em maio, contrariando os aumentos em março e abril, devido às perspetivas negativas sobre os volumes de venda e sobre a atividade das empresas.
Quanto aos Serviços, a confiança registou uma ligeira descida em maio, fruto do contributo negativo das perspetivas sobre as carteiras de encomendas. As perspetivas sobre a procura estabilizaram em maio, depois das quedas registadas em março e abril.