Como é que a ética e a diversidade geracional podem contribuir para a produtividade das empresas? Católica Porto Business School apresenta hoje resultados do estudo

De acordo com o relatório da OCDE sobre a Promoção de uma Força de Trabalho com Idade Inclusiva, a otimização dos benefícios de uma força de trabalho multigeracional aumenta a produtividade. A Católica Porto Business School vai apresentar hoje os resultados que comprovam estes dados.

A OCDE diz que uma empresa que tenha uma percentagem de trabalhadores com 50 ou mais anos, 10% superior à média, é 1,1% mais produtiva.

Como tal, e para dar uma resposta efetiva a esta premissa, o Fórum de Ética da Católica Porto Business School lançou o estudo “Ética e Diversidade Geracional no Trabalho”, desenvolvido por Helena Gonçalves e Susana Magalhães, cujos primeiros resultados vão ser apresentados na sua Conferência Anual, que se realiza hoje.

“Pretendemos apoiar as organizações na identificação de oportunidades e na criação de linhas de orientação que permitam que o contexto laboral seja espaço de hospitalidade e de inclusão para as diferentes gerações que o habitam,” refere Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética.

A Conferência Anual contará com uma mesa redonda, moderada por Alberto de Castro (professor catedrático da CPBS), que será dedicada à partilha de diferentes perspetivas, designadamente empresariais de Rita Nabeiro (administradora Executiva do Grupo Nabeiro, Delta Cafés), Adelaide Martins, Assessora do Conselho de Administração da Ascendi), Marisa Garrido (vogal do Conselho Diretivo do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação), mas também de Eduardo Paz Ferreira (professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e autor de “Devo Fechar a Porta? – Tempos de Idadismo e Outros Ismos”) e de Luís Castro (jornalista e apresentador do Sociedade Civil).

A conferência contará ainda, na sua abertura, com um keynote sobre “Key ethical considerations to optimise the institutional value of generational diversity”, de Piet Naudé, professor de Ética e ex-director da Stellenbosch Business School, seguido de contributos da ciência sobre “A diversidade geracional na perspetiva da longevidade e envelhecimento saudável – factos científicos e contributos dos estudos em neurociências” com a participação de Luisa Lopes, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

“Este é um tema que tem especial relevo na sociedade, tendo em conta, por exemplo, o aumento da idade da reforma e o facto de estarmos em plena ‘Década do Envelhecimento Saudável’”, refere Susana Magalhães, também coordenadora do estudo. “As equipas de trabalho são, cada vez mais, compostas por pessoas de gerações diferentes, incluindo frequentemente três ou mais. A existência dessa diversidade nos locais de trabalho conduz a abordagens e expetativas distintas,” acrescenta.

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