Combate à pobreza: Novo modelo de intervenção social vai ter resposta personalizada – com um gestor para cada caso de pessoas em risco

O Plano de Ação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza para 2022-2025, a ser apresentado esta terça-feira, vai ter um gestor de caso para cada pessoa em risco: esta é, segundo o ‘Jornal de Notícias’, uma das mais de 270 medidas propostas no plano do Governo, que está assente em seis eixos de intervenção e 14 objetivos estratégicos. “É reformular toda a lógica de atendimento e intervenção social no país”, apontou Ana Mendes Godinho, ministra da Solidariedade e Segurança Social.

A meta é retirar 660 mil pessoas da situação de pobreza e reduzir para metade as crianças em risco até 2030, num projeto com dotação média de 3 mil milhões de euros anuais.

Em algumas autarquias vai arrancar este projeto-piloto em 2024, sendo que o objetivo é alargar a todo o país entre 2026-2030. “Tivemos uma reunião com a Associação Nacional de Municípios Portugueses que ficou muitíssimo entusiasmada até porque surge no contexto da descentralização da ação social, em que cada vez mais a lógica é de respostas de proximidade e não de distância”, frisou Ana Mendes Godinho.

A pessoa de maior vulnerabilidade deve dirigir-se a “um serviço de primeira linha, que neste momento é a ação social que esta descentralizada na autarquia”. Depois de identificada a situação, “será identificado um gestor de caso que irá responder pela interação permanente e integrada com essa pessoa”. Estão também previstas para a pessoa em questão “visitas técnicas da educação, das equipas de saúde, da Segurança Social, da ação social”.

O gestor de caso “fará parte de uma ‘pool’ criada ao nível da ação social de primeira linha”, explicou a ministra e terá como missão “encontrar respostas nas várias dimensões de políticas públicas sociais”. “Isto é de uma dimensão brutal”, para quem está em causa é uma “viragem completa na forma como olhamos para as respostas à pobreza”.






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