Ciclone tropical Chido chega esta sexta-feira ao norte de Moçambique com ventos até 220 km/h
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano alertou para a possibilidade de o ciclone tropical Chido vir a afetar o norte e centro de Moçambique a partir de sábado.
De acordo com um aviso do INAM, o sistema tropical intensificou-se durante a manhã da passada quarta-feira e passou à categoria de ciclone tropical de categoria 3, o terceiro mais elevado numa escala de 1 a 5.
As projeções atualizadas indicam que o Chido continua “a intensificar-se”, podendo “começar a afetar as regiões costeira e continental de Madagáscar” a partir desta sexta-feira.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano agravou na quinta-feira o alerta perante a aproximação do ciclone tropical Chido ao norte do país, prevendo ventos até 220 quilómetros por hora (km/h) a partir de hoje.
Num aviso vermelho lançado esta tarde, o INAM reforça que aquele ciclone tropical evoluiu nas últimas horas para o estágio de “intenso”, aproximando-se do canal de Moçambique, onde deve entrar ao final do dia, com o epicentro previsto na costa moçambicana.
A entrada em terra do ciclone de categoria 3, o terceiro mais elevado numa escala de 1 a 5, é esperada nos distritos de Memba, província de Nampula, Chiúre ou Mecúfi, na província de Cabo Delgado, “com ventos de 200 quilómetros por hora e rajadas até 220 quilómetros por hora, segundo as projeções atuais”, refere o aviso do INAM.
“Face à ocorrência de ventos fortes, trovoadas e chuvas muito fortes, recomenda-se a tomada de medidas de precaução e segurança”, adverte o INAM.
O aviso, válido até às 00h00 do dia 15 de dezembro, define como áreas de risco vários distritos de Cabo Delgado e a capital provincial, Pemba, bem como de Nampula e a sua cidade capital provincial.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já na primeira metade de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, de acordo com dados oficiais do governo.