CGTP diz que greve geral “não está fora de equação”. Mas prioridade é a “lista significativa” de ações em junho

Ana Pires, da comissão executiva da CGTP, disse que não está “fora de equação” uma greve geral do organismo. Contudo, agora a prioridade são as ações de luta nacional que vão desenvolver durante o mês de junho e que começam já hoje.

Em declarações à Multinews, no âmbito da concentração nacional desta sexta-feira, em Lisboa, a responsável foi questionada sobre uma possível greve geral convocada pela CGTP, a par das ações e concentrações individuais, hipótese que não descartou.

“O que temos em cima da mesa agora é a multiplicação das lutas dos nossos setores, mas nada está fora de equação, a cada momento decidiremos o passo que temos que dar”, sublinhou.

Segundo a dirigente, “o grande apelo que temos feito aos trabalhadores é a ação nos locais de trabalho”, refere adiantando que para o próximo mês de junho, “temos já uma lista com significado”, que inclui “ações de todos os setores e por todo o país e um conjunto de greves previstas que comunicaremos em breve”.

“Mas essencialmente estamos a falar de plenários com saída à rua, concentrações de trabalhadores, greves e também depois poderá haver um conjunto de ações distritais, de convergência dos trabalhadores”, adiantou.

Ana Pires disse ainda que “terminaremos esta ação de luta nacional que começa hoje, na primeira semana de julho, em princípio, em data a definir com uma ação nacional que será em Lisboa. Mais detalhes ainda estamos a avaliar”, concluiu.

Recorde-se que a CGTP vai realizar esta sexta-feira uma concentração, junto à Assembleia da República, no dia em que será aprovado o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

“É precisamente este o mote, um vez que este é um Orçamento que não responde ao conjunto das necessidades dos trabalhadores”, disse apontando que também “a agenda para o trabalho digno e a legislação que lhe vai dar seguimento, que não respondem aos problemas estruturais identificados”, explicou a dirigente.