
Cerveja corre (sério…) risco de extinção: cientistas alertam para mudança no sabor devido às mudanças climáticas
Em Portugal, há poucas coisas tão satisfatórias como uma cerveja gelada ao sol: acompanhada por petiscos e, claro boa companhia. Além de ser uma das bebidas mais internacionais, é também conhecida por ser um símbolo de união após cada rodada.
Há diversas evidências arqueológicas que datam o seu consumo até pelo menos 7 mil anos antes de Cristo. No entanto, relatou a publicação ‘El Economista’, o fim da cerveja pode estar mais próximo do que imaginámos, alertaram os cientistas.
As mudanças climáticas são as culpadas pela mudança no sabor da cerveja, de acordo com os especialistas, que apontaram que a produção de variedades de lúpulo que dão à cerveja o seu sabor amargo característico diminuiu em 20% desde a década de 1970. Segundo os britânicos da ‘BBC’, o problema deve-se ao aumento das temperaturas e secas, que está a dificultar o cultivo de matérias-primas de qualidade, principalmente em países conhecidos como a ‘Meca’ da cerveja: Alemanha e República Checa.
Segundo um estudo publicado na revista ‘Nature Plants’, os períodos de seca e calor extremos têm afetado drasticamente as plantações de cevada, tendo alertado que, no pior cenário, estar-se-ia a falar de uma redução de até 40% nos países produtores, o que levaria a preços mais elevados para a cerveja. Como resultado, algumas cervejarias já começaram a experimentar variedades alternativas ao lúpulo, ao passo que outras estão a tentar adaptar-se ao novo cenário com métodos de cultivo sustentáveis.