
Carlos III suspende quimioterapia e aposta em tratamentos alternativos contra o cancro
O rei Carlos III do Reino Unido terá interrompido a quimioterapia para testar um tratamento alternativo contra o cancro, segundo informações divulgadas pela jornalista Concha Calleja no programa televisivo espanhol Fiesta. A decisão do monarca, que foi diagnosticado com a doença no início de 2024, gerou preocupações no Reino Unido, especialmente devido à falta de comprovação científica da terapia escolhida.
De acordo com Calleja, Carlos III decidiu suspender temporariamente o tratamento convencional devido aos efeitos secundários da quimioterapia e optar por um método alternativo conhecido como Terapia Gerson. Esta abordagem, considerada controversa pela comunidade médica, envolve a administração diária de enemas de café durante três semanas, juntamente com um regime alimentar rigoroso, que inclui o consumo de até 13 sumos naturais por dia, bem como injeções de extrato de fígado de bacalhau e vitamina B12.
“Os médicos alertaram para os riscos, mas ele quer experimentar esta alternativa. Ele já defendeu este tratamento no passado, em 2004, quando apoiou uma paciente com cancro terminal que afirmava ter sido curada com esta terapia”, explicou Calleja durante a sua intervenção no programa espanhol.
O custo do tratamento também chama a atenção. Segundo a mesma fonte, a Terapia Gerson custa cerca de 4.900 euros por semana, além de um adicional de 20.000 euros pelas injeções complementares. A decisão do monarca em optar por este método alternativo tem gerado inquietação entre os britânicos, que se mostram preocupados com a sua saúde e com a eficácia do tratamento escolhido.
Até ao momento, o Palácio de Buckingham não emitiu qualquer declaração oficial sobre a suposta interrupção da quimioterapia do rei Carlos III. Segundo alguns analistas, esta postura pode estar relacionada com a controvérsia em torno da eficácia do tratamento alternativo e com o seu elevado custo.
Desde o início do seu reinado, Carlos III tem manifestado um grande interesse por terapias naturais e medicina alternativa, o que torna plausível a hipótese de estar a testar um método menos convencional para tratar a sua doença. No entanto, especialistas alertam que a interrupção da quimioterapia pode comprometer o seu estado de saúde.
Um ano difícil para a família real britânica
O ano de 2024 foi particularmente desafiante para a família real britânica. Além do diagnóstico de cancro do rei Carlos III, também Kate Middleton, princesa de Gales, anunciou que enfrenta a mesma doença. A família real viu-se ainda envolvida noutros episódios delicados, como o acidente da princesa Ana e os escândalos contínuos envolvendo o príncipe André.
Apesar destes desafios, há sinais de recuperação no seio da monarquia. A princesa de Gales tem apresentado melhorias no seu estado de saúde, o que trouxe algum alívio aos britânicos.
Coincidindo com o período de tratamento da princesa de Gales, a Casa Real Britânica tomou recentemente uma iniciativa simbólica, apagando as luzes do Palácio de Buckingham, Clarence House e do Castelo de Windsor. O gesto, anunciado nas redes sociais oficiais da família real, foi explicado como uma ação de sensibilização para as questões ambientais, em colaboração com a WWF (World Wide Fund for Nature).
“Junta-te a nós durante 60 minutos e doa uma hora pelo planeta”, escreveu a monarquia britânica nas suas redes sociais, incentivando os cidadãos a participar na iniciativa global de consciencialização ambiental.
Embora o Palácio de Buckingham não tenha comentado a decisão do rei Carlos III sobre o seu tratamento, o debate sobre o uso de terapias alternativas no combate ao cancro continua a ganhar força.