Câmara de Lisboa faz vistoria esta manhã a duplex polémico de Montenegro

A Câmara Municipal de Lisboa realizou esta segunda-feira uma vistoria ao duplex de Luís Montenegro, avançou o ‘Correio da Manhã’, com o objetivo de confirmar que a junção dos dois apartamentos foi feita de forma legal.

Em causa está o processo das obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, na Travessa do Possolo, na freguesia lisboeta da Estrela, sobre o qual os vereadores do PS e do BE na Câmara de Lisboa solicitaram, no passado dia 7, informações quanto à alegada isenção de controlo prévio a esta empreitada apesar de se considerar uma alteração estrutural.

As obras do duplex em Lisboa juntam-se às questões em torno do primeiro-ministro, em particular sobre a empresa Spinumviva, em que o Ministério Público abriu uma averiguação preventiva. No contexto de dúvidas sobre a atuação de Luís Montenegro, o Parlamento rejeitou uma moção de confiança apresentada pelo executivo de PSD/CDS-PP (sem maioria absoluta), o que determinou a queda do Governo e, posteriormente, a convocação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, por decisão do Presidente da República.

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa assegurou esta segunda-feira que a autarquia cumpriu com as obrigações legais quanto às obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), que “também fez o que tinha a fazer”.

“O primeiro-ministro de Portugal é tratado como outro cidadão lisboeta. A câmara fez aquilo que tinha a fazer. O cidadão, neste caso, primeiro-ministro, também fez o que tinha a fazer e, portanto, não tenho aqui nada a acrescentar”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), à margem da inauguração da Creche do Monsanto, na freguesia de Benfica.

“As fiscalizações são normais, são normais fazê-las. Serão feitas quando têm de ser feitas. Não só aquilo que é, neste caso, um apartamento ou dois apartamentos do primeiro-ministro, mas também com apartamentos de outras pessoas, quando isso se justifica”, declarou Carlos Moedas.