Cabaz de alimentos essenciais volta a subir e já está com preços que não se viam desde maio. Do iogurte ao azeite, veja os produtos com maiores aumentos
O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE subiu de preço, pela quarta semana consecutiva, e atingiu valores que já não se viam desde maio deste ano. Assim, o conjunto de produtos considerado custava esta quarta-feira 236,40 euros, mais 0,96 euros do que há uma semana (+0,41%).
Comparando com o início de 2024, o cabaz está 0,36 euros mais caro. Mas, se olharmos ao período homólogo do ano anterior, verifica-se uma subida de preço em 11,54 euros, e ainda maior, de 52,77 euros, se compararmos com o preço do cabaz antes do início da guerra na Ucrânia.
Fiambre, cereais e salmão são os ‘campeões’ de aumentos da semana
Observando apenas a última semana, de 23 a 30 de outubro, os produtos que mais tinham subido de preço foram os seguintes: iogurte liquido (11%), alface frisada (11%), robalo (8%), azeite virgem extra (7%), café torrado moído (6%), couve-flor (5%), pescada fresca (3%), atum posta em óleo vegetal (3%), maçã golden (3%), salmão (3%).
Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde o início da guerra, foram registados no peixe (35,95%, mais 21,68 euros) e na mercearia (36,87%, mais 15,12 euros).
Peixes continuam a registar maiores aumentos do ano
Comparando os preços do cabaz da última semana com o mesmo conjunto de produtos adquiridos há um ano, verifica-se que foram os seguintes produtos os que registaram maior incremento de preço: dourada (50%), atum posta em azeite (28%), peixe-espada-preto (26%), bacalhau graúdo (26%9, café torrado moído (23%), cereais integrais (19%), carapau (18%), carne de novilho para cozer (18%), curgete (15%), iogurte líquido (15%).
Azeite está 104% mais cado do que antes do começo da guerra na Ucrânia
Já olhando aos preços do cabaz da última semana e comparando-os com o mesmo conjunto de produtos adquiridos a 23 de fevereiro de 2022, antes do conflito na Ucrânia, verificam-se que os seguintes produtos registaram os maiores aumentos de preço: azeite virgem extra (104%), pescada fresca (103%), cebola (63%), açúcar branco (56%), arroz carolino (56%), laranja (55%), polpa de tomate (53%), dourada (51%), flocos de cereais (50%), salsichas frankfurt (48%).