Cabaz alimentar IVA zero só ‘encolheu’ 22 cêntimos: Dos brócolos ao carapau, foram estes os produtos que mais aumentaram e reduziram de preço na última semana

Depois de uma subida de 0,81 euros na semana passada, o cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE, voltou às descias… mas muito ligeiras. Esta quarta-feira, custava menos 0,22 euros do que na semana passada: passou de 127,97 euros para 127,75 euros (uma descida de 0,17%). Desde que a isenção de IVA entrou em vigor, o preço desta cesta de produtos desceu 11,02 euros (menos 7,94%). E, desde o início do ano, custa menos 5,92 euros (4,43%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. A laranja, por exemplo subiu 0,55 euros (+40%) entre a véspera da implementação da medida, 17 de abril, e 30 de agosto. Já os brócolos aumentaram 0,68 euros, mais 28%.

Queijo curado fatiado, carapau e massas espirais o são os produtos que mais aumentaram esta semana

Na última semana, entre 23 e 30 de agosto, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: queijo curado fatiado embalado (9%), carapau (8%), massas espirais e arroz agulha (5%), cenoura (4%), massa esparguete cebola, carne de novilho para cozer e maçã gala (3%) e lombo de porco sem osso (2%).

Ervilhas, maçã gala e arroz agulha lideram descidas 

De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são os brócolos (6%), a couve-flor e a pescada fresca (5%), a batata vermelha, a alface frisada e a curgete (4%), o tomate chucha, o bife de peru, a perna de peru e a manteiga com sal (3%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até 31 de outubro.

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ também desce: um cêntimo
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, que na semana passada subiu mais de dois euros, na última semana desceu apenas 1 cêntimo. Custa agora 211,93 euros, basicamente o mesmo da semana passada (variação de 0,0%).

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz desceu 5,54 euros (menos 2,68%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram a perca (16%), o queijo curado (9%), o peito de peru fatiado, os flocos de cereais e o carapau (8%), o café torrado moído (5%), o arroz agulha, as massas espirais, a pola de tomate (4%) e a cenoura (3%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 30 de agosto deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram a la laranja (79%), o arroz carolino (75%), a polpa de tomate (57%), a cebola e o açúcar branco (53%), a pescada fresca (52%), os flocos de cereais (e as salsichas frankfurt (50%), o azeite virgem (46%) e a bolacha maria (41%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (23,63%, mais 9,96 euros), e na carne (18,62%, mais 6,00 euros).

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