Bitcoin já consome mais eletricidade do que a Holanda

Dados do Deutsche Bank Research mostram que o consumo anual de eletricidade por parte do sistema de blockchain que sustenta a Bitcoin já é superior ao de alguns países. A criptomoeda mais popular do Mundo consome mais eletricidade do que a Holanda ou a Finlândia, por exemplo, e fica muito próxima da Noruega e da Argentina.

Embora a Bitcoin continue a bater recordes dia após dia e tenha conquistado a confiança de personalidades influentes como Elon Musk, estas poderão ser más notícias: investidores preocupados com os indicadores ESG (Environmental, social, governance) deverão pensar duas vezes antes de converter o seu dinheiro.

«Num mundo em que o ESG está a crescer rapidamente, haverá um debate sobre a pegada de carbono da Bitcoin?», questiona Jim Reid, do Deutsche Bank Research, citado pelo jornal El Economista. Os mesmos investidores que obrigam gigantes como a ExxonMobil a alterar o modelo de negócio não estarão interessados em apostar na Bitcoin.

Mas como se justifica este consumo elevado de eletricidade? A tecnologia blockchain da Bitcoin funciona através de um mecanismo conhecido como “prova de trabalho”. De acordo com a mesma publicação espanhola, para que uma transação seja aprovada, é necessário que sejam resolvidos problemas matemáticos cujo grau de complexidade vai aumentando.

Quantas mais pessoas participam neste processo, mais “mineração” existe e mais difíceis se tornam os problemas, o que significa que também é necessária mais eletricidade para chegar à resposta certa.

Há ainda outro problema: o próprio sistema é ineficiente de raiz. Como apenas se podem realizar sete operações por minuto, muitas operações têm sido efetuadas fora do sistema blockchain. Esta opção, embora mais eficiente em termos de tempo, representa um consumo mais acentuado de eletricidade.

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