Ativistas do Climáximo estilhaçam e pintam fachada da nova sede da GALP

Um grupo de apoiantes do Climáximo estilhaçou esta manhã os vidros da fachada da nova sede da Galp e pintou a frase “Galp: nem aqui nem em lado nenhum”. O coletivo por justiça climática denuncia o negócio da empresa de combustíveis fósseis, dias após a confirmação da descoberta de reservas equivalentes a 10 mil milhões de barris de petróleo na Namíbia, ou a mais de 100 anos de consumo de petróleo para Portugal.

“É intolerável que, em plena crise climática, empresas como a Galp continuem a ter carta branca para perpetuarem o assassínio em massa de pessoas por todo o mundo através da queima incessante de combustíveis fósseis”, afirma Inês Teles, porta-voz da ação. “Quebrar os vidros desta sede é um ato de legítima defesa contra uma empresa colonial e assassina, que afirma ser líder na transição verde mas continua a inaugurar novos projetos de morte para a extração de combustíveis fósseis em países como Moçambique e a Namíbia”, sublinha.

2023 foi o ano mais quente alguma vez registado. Mas foi também o segundo ano consecutivo em que a empresa quebrou o seu recorde de lucros, atingindo 1.002 milhões de euros, e distribuindo 425,06 milhões pelos seus acionistas. Na semana passada, com a confirmação de novos recursos fósseis na Namíbia, viu uma subida explosiva das suas ações em 28%.

“Não podemos continuar a permitir novos projetos fósseis, nem aqui nem em lado nenhum. O único futuro para a Galp tem que ser o desmantelamento e a responsabilização da empresa pela destruição que está a causar: os recursos da Galp devem ser usados não para encher os bolsos dos acionistas, mas sim para pagar a necessária transição energética, que tem de ser iniciada já, e que tem de colocar no centro de decisão os trabalhadores da empresa e comunidades afetadas”, afirma Inês.

“A Galp e outras empresas não vão parar de queimar combustíveis fósseis e prescindir dos seus lucros assassinos de livre e espontânea vontade, nem vão ser travadas pelos Governos que são cúmplices das mesmas. Nós, pessoas comuns, somos quem tem de pará-las” afirma Inês.

 

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