Atenção, utentes: enfermeiros dos centros de saúde de Lisboa e Oeste fazem hoje greve de 24 horas

Os enfermeiros dos centros de saúde de Lisboa vão estar em greve esta quinta-feira, sendo que a concentração está agendada para manhã, a partir das 10 horas, junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

A greve vai abranger os enfermeiros que exercem funções nos cuidados de saúde primários das Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santa Maria, São José, Lisboa Ocidental, em Lisboa, Loures-Odivelas, Estuário do Tejo (Vila Franca de Xira), Amadora/Sintra e Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul da ULS do Oeste (Caldas da Rainha).

Em causa estão as seguintes exigências: pagamento de toda a remuneração em falta, nomeadamente os retroativos desde 2018, decorrentes das mudanças de posição remuneratória; conclusão dos concursos das categorias de gestor e especialista; harmonização de condições remuneratórias e de meios entre unidades funcionais; operacionalização do designado “acelerador de carreira”; “contratação de enfermeiros, de acordo com as necessidades”; e o “investimento nos cuidados de saúde primários e a defesa do Serviço Nacional de Saúde público, universal, geral e gratuito”.

Os enfermeiros que exercem nos centros de saúde de Lisboa, que passaram a pertencer às diferentes ULS do distrito no início de 2024, continuam a ser penalizados em matéria de pagamentos e concursos devido à extinção das ARS, referiu, em comunicado, a CGTP-In. “Mesmo após o alerta do SEP e dos enfermeiros, nomeadamente com a entrega de moção na concentração junto ao Ministério da Saúde em dia de expressiva greve no passado dia 4 de julho.”

“A extinção das ARS aconteceu em setembro do ano transato e, apesar da lei contemplar um prazo de 60 dias, passado meio ano ainda não foi publicado nenhum diploma orgânico dos serviços integradores, nem das respetivas competências”, acusou o organismo sindical. “Este facto tem provocado um funcionamento da ARS Lisboa e Vale do Tejo muito deteriorado face à saída de pessoal para responder a pagamentos, resolução de concursos, entre outros.”

“O Plano de Emergência para a Saúde do atual Governo está em marcha e não só não responde aos problemas no SNS – mais profissionais é essencial – como ainda agrava a situação com a ausência de investimento público, nomeadamente nas áreas da saúde na comunidade e saúde pública e com o claro benefício dos grandes grupos económicos ligados à saúde”, concluiu o comunicado.