
Arrendar casa está 512 euros mais caro do que no ano passado. Preços dispararam em três capitais de distrito
O preço dos imóveis para arrendar em Portugal registou um aumento na renda média de 44%, estando 512 euros mais caro. Beja, Guarda e Bragança registaram um disparar dos preços no arrendamento.
De acordo com o barómetro da imovirtual relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda, em Portugal, que se referem a um comparativo de agosto com setembro deste ano e com o período homólogo, setembro de 2022, desde o início do ano tem-se verificado uma ligeira estabilização dos valores médios, no entanto, em setembro houve um ligeiro aumento (+3%), fixando-se agora em 1.677 euros.
“O aumento dos preços do arrendamento a nível nacional continua a ser influenciado por distritos próximos a Lisboa como por exemplo Leiria onde temos um aumento de 62%. Outra região que contribui é Aveiro, com 40% de aumento, que tem atraído cada vez mais jovens”, diz Sylvia Bozzo, Marketing Manager Imovirtual.
Beja (+19%), Guarda (+19%) e Bragança (+14%) são os distritos com maior aumento da renda média em setembro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 792€, 547€ e 511€, respetivamente.
Por outro lado, Évora registou a descida mais acentuada da renda média em setembro (-9%), comparativamente com agosto, descendo para 769 euros. Segue-se o distrito de Castelo Branco (-3%), onde a renda média se fixa em 537 euros.
No que respeita à compra, está a existir um abrandamento do preço das casas, mas continua a ser cerca de 33.466 euros mais caro comprar casa, do que em setembro do ano passado.
Verifica-se uma estabilização em setembro, em relação a agosto (+1%), fixando-se em 427.395 euros. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 393.928 euros, há um aumento de +8%, com as casas a ficarem quase 34.000 euros mais caras.
Os dados mostram ainda que o valor dos imóveis é mais influenciado pelas moradias, que tem tido um crescimento de 13%, com um custo médio de 464.300 euros, um crescimento de 13% face ao período homólogo. Enquanto que um apartamento teve um aumento mais ligeiro, custa, em média, cerca de 395.822 euros, uma subida de 4%, quando comparado com setembro de 2022.
No continente, o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em setembro, face a agosto, foi a Guarda (+6%, para 131.955 euros) e Portalegre (+6% para 139.816). Seguindo-se a Castelo Branco (+4%), com os valores a fixarem-se em 144.441 euros.
Quanto à comparação com o ano anterior (setembro 2022), o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Guarda (+29%), onde os valores sobem de 102.502 euros para 131.955 euros.