Apoios: PSD acusa Governo de “logro” e quer que decreto seja apreciado pelo Parlamento
O líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, afirma que a medida apresentada esta semana pelo Governo para antecipar para outubro o pagamento de meia pensão aos reformados é “um logro” e que o “PS e este Governo optaram por fazer um corte de pensões de mil milhões de euros no sistema de pensões em Portugal”.
Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da ‘Rádio Renascença’ e do ‘Público’, o social-democrata diz que o executivo “de forma intencional, enganou os pensionistas e os reformados portugueses”.
Montenegro salienta que “esses mil milhões de euros que o executivo se propõe pagar agora, vão deixar de estar no sistema de pensões a partir de 2023 com consequências para todos os anos subsequentes”. Por isso, vai pedir que o decreto-lei que contempla o pacote de medidas do Governo seja apreciado pelos deputados na Assembleia da República.
O líder da oposição acredita que, dessa forma, “situação fica clarificada, até porque é importante para os pensionistas saberem exatamente o que lhes vai acontecer”, e defende que, ao invés do que foi apresentado por António Costa, os reformados deveriam receber “a sua pensão até ao final do ano e em janeiro terem a sua pensão atualizada em função da lei”.
“Está a dar rigorosamente zero de adicional aos pensionistas”, argumenta Montenegro.
Ainda esta manhã, o Primeiro-ministro garantia que “ninguém vai perder rendimento em relação a 2023”, explicando que “a pensão em pagamento em 2024 nunca vai ser à pensão em pagamento em dezembro de 2023”.
Costa sustentava que “em 2024 ninguém vai perder dinheiro na sua pensão”, explicando que a pensão que será paga em janeiro de 2024 “não vai ser inferior à pensão paga em 2023”.
“Nos últimos seis anos, nós também não aplicámos a fórmula quando tínhamos inflações tão baixas que não permitiria haver qualquer tipo de atualização minimamente decente das pensões”, adiantou o Chefe de Governo, acrescentando que “as pensões mais baixas tiveram, têm tido e ainda este ano tiveram, aumentos extraordinários de 10 euros”.
“O que estamos a fazer é um suplemento extraordinário já em outubro para responder às necessidades que as pessoas têm de imediatamente aumentar o seu rendimento, de garantir a todos que o aumento que ocorre em 2023, somado a este suplemento extraordinário, não retira um cêntimo a ninguém relativamente ao que está previsto na lei”, destacou.