Apoio da UE a Kiev está a cair: 34% dos europeus mostram-se contra o apoio militar à Ucrânia

A proporção de cidadãos da União Europeia que “aprovam ou concordam totalmente” com o apoio financeiro e militar à Ucrânia diminuiu substancialmente desde o início da invasão russa, segundo revelou uma sondagem recente, ainda que haja uma maioria que pretende prestar alguma assistência para Kiev.

Segundo o último inquérito Eurobarómetro, realizado em agosto, 24% dos cidadãos da UE mostraram “concordar totalmente” com o “financiamento da compra e fornecimento de equipamento militar e formação à Ucrânia”: em abril de 2022, dois meses após a invasão, eram 33% os europeus favoráveis. No mesmo período, o apoio total ao fornecimento de financiamento militar à Ucrânia caiu de 67 para 48%, com a proporção de oposição a aumentar de 26 para 34%.

Há preocupações sustentadas em Kiev de que o apoio ocidental possa começar a diminuir, especialmente com a aproximação de eleições importantes nos Estados Unidos e em vários países europeus. A sondagem apontou ainda que 26% dos cidadãos da UE “concordem totalmente” com o “apoio financeiro e económico à Ucrânia”, em contraponto com os 42% de abril de 2022. Já 38% “tendem a concordar” com o apoio financeiro a Kiev, elevando o total de apoio para 64%. Já em abril de 2022, houve 48% que “tendem a concordar”, o que dava um apoio combinado de 80%.

Já a proporção daqueles que se opõem ao apoio financeiro à Ucrânia caiu de 28 para 16% no mesmo período – a sondagem foi realizada a 26.514 cidadãos da UE nos 27 Estados-membros entre 24 e 31 de agosto.

Por último, a proporção daqueles que apoiam totalmente as sanções à Rússia caiu de 55 para 46% entre abril de 2022 e agosto de 2023: já os que disseram o mesmo sobre o acolhimento de refugiados ucranianos diminuiu de 55 para 36%. No total, incluindo aqueles que disseram “tender a concordar”, 71% dos cidadãos da UE apoiaram sanções à Rússia e 76% o acolhimento de refugiados ucranianos.




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