Apenas 37% das habitações em Portugal poderia instalar carregador para carros elétricos

O desafio da mobilidade elétrica depara-se com um obstáculo na impossibilidade de muitos lares portugueses instalarem um carregador para os seus automóveis elétricos.

Mais da metade da habitação disponível no mercado português (63%) não possui um lugar de estacionamento ou garagem, na qual há a possibilidade de instalar estes sistemas de recarga, dificultando assim o acesso a veículos elétricos para uso diário, segundo um estudo publicado pelo idealista, o marketplace imobiliário do sul da Europa.

No entanto, a disponibilidade de carregadores nas casas dos portugueses poderia variar consoante os distritos e ilhas. A ilha da Madeira é onde existe o maior número de casas com garagem onde instalar pontos de recarga, visto que 61% das habitações contam com garagem ou lugar de estacionamento. Seguem-se os distritos do Porto (50%), Aveiro (49%), Braga (49%), Vila Real (40%), Faro (38%), Leira (34%), Viseu (33%), Viana do Castelo (32%) e Lisboa (31%).

Évora, por sua vez, marca o extremo oposto, já que apenas 15% das casas possuem garagem ou lugar de estacionamento. Seguem-se os distritos de Castelo Branco (16%), Beja (16%), Portalegre (18%), Bragança (25%), Santarém (26%), Coimbra (26%), Setúbal (27%), Guarda (29%) e ilha de São Miguel (29%).

Analisando por capitais de distrito, Funchal (63%), Braga (52%) e Aveiro (50%) lideram a possibilidade de instalar carregadores elétricos para veículos. Por menos de 50%, encontram-se as cidades de Vila Real (48%), Leiria (44%), Viseu (43%), Porto (40%), Faro (39%), Guarda (33%), Ponta Delgada (30%) e Coimbra (29%).

Castelo Branco, por outro lado, apenas 13% das casas conta com garagem ou lugar de estacionamento. Seguem-se Beja (16%), Portalegre (18%), Évora (18%), Bragança (23%), Setúbal (24%), Santarém (24%), Viana do Castelo (26%) e Lisboa (27%).

Metodologia

Para a realização deste estudo, foram analisados 300 mil anúncios de imóveis publicados na base de dados do idealista no quarto trimestre de 2023, contabilizando aqueles que afirmavam possuir uma garagem ou lugar de estacionamento (independentemente de representar um custo adicional, ao ar-livre ou se estava no mesmo edifício de residência.

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