Alunos do 1º e 2º ciclos são hoje chamados a avaliação da ModA: professores em greve
Arrancam esta segunda-feira as provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA) para o 1º e 2º ciclos: as antigas Provas de Aferição, realizadas nos 2º, 5º e 8º anos, serão substituídas pelas Provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA), aplicadas no 4º e 6º anos.
As provas decorrem até 6 de junho, realizam-se em formato digital e serão classificadas por uma equipa de avaliadores do Instituto de Avaliação Educativa criada para o efeito. O pontapé de saída é dado por Português, Português Língua Segunda e Português Língua Não Materna (PLNM) nível A2. Seguem-se Inglês e Matemática e Estudo do Meio.
Além das provas fixas de Português e Matemática, haverá uma terceira prova rotativa que será aplicada a diferentes disciplinas de três em três anos. No 4º ano, as disciplinas rotativas incluem Inglês (em 2025 e 2028), Educação Artística (em 2026) e Educação Física (em 2027).
Para o 6º ano, as provas rotativas incidirão sobre História e Geografia de Portugal (em 2025 e 2028), Inglês (em 2026) e Educação Física e Educação Visual (em 2027).
Esta segunda-feira marca também o início da greve de professores às novas provas: convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), as provas ModA são “feitas à custa da sobrecarga de trabalho dos professores” e são testes “sem sentido nenhum naquilo que se poderá chamar a aferição do sistema”.
“A Fenprof, que sempre assumiu uma forte crítica às provas finais de ciclo, não pôde deixar de condenar, mais até, a imposição destas provas adicionais, sobretudo pela forma como a administração educativa as impõe, designadamente pela sua generalização, mas também pelas perturbações que tais provas introduzem na organização do trabalho nas escolas e dos professores envolvidos”, referiu em comunicado.
“O desinteresse e a inação até agora revelados pela tutela e o comprometimento da administração educativa com as práticas em crise obrigam a prosseguir com processos de luta, de exigência e de salvaguarda dos docentes”, concluiu a estrutura sindical.