“Agenda colonial e racista”: Palestina critica Netanyahu por usar mapa com Cisjordânia como parte de Israel
O Governo palestiniano criticou, esta terça-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por ter mostrado durante uma aparição perante a imprensa um mapa de Israel que inclui o território da Cisjordânia, sustentando que “revela a verdade da sua agenda colonial e racista”.
“O mapa de Netanyahu revela a verdade das agendas coloniais e racistas do Governo de extrema-direita em Israel”, destacou o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano, que apelou à comunidade internacional “uma ação urgente para proteger a solução palestiniana de dois Estados”.
“Netanyahu utiliza de forma continuada e repetida um mapa que inclui a Cisjordânia como parte do Estado ocupante, o que supõe um reconhecimento explícito dos crimes coloniais, ignorando a legalidade internacional e as suas resoluções”, apontou.
“Representa um desafio flagrante aos esforços internacionais para travar a guerra de extermínio e deslocação e para reavivar um processo de paz baseado na solução dos dois Estados”, sustentou, acusando Israel de “cometer os crimes mais atrozes” contra o povo palestiniano.
As ações de Israel, apontou, “são uma tentativa de negar a existência da Palestina e os direitos justos e legítimos dos palestinianos com o objetivo de deslocá-los da sua terra natal”, frisou. “O que Netanyahu apresentou está a ser praticado no terreno, diante dos olhos de todo o mundo”, criticou.
O mapa em questão foi apresentado por Netanyahu durante uma conferência de imprensa em Jerusalém, na qual defendeu, entre outras coisas, o envio de militares israelitas para o corredor de Filadélfia, fora de qualquer possível acordo para um cessar-fogo ou o fim do conflito na Faixa de Gaza, uma exigência que o Egito já rejeitou.
ציר הרשע צריך את ציר פילדלפי. לכן אני לא מוכן לוותר עליו! pic.twitter.com/QaBY1fLRj0
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) September 3, 2024