“Adoro o Rei Carlos III”: Trump gostava que EUA fossem convidados para a Commonwealth

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou entusiasmo face à possibilidade de o país integrar, ainda que de forma parcial, a Comunidade das Nações (Commonwealth), uma organização composta por 56 países, incluindo o Reino Unido e várias das suas antigas colónias.

Através da sua plataforma Truth Social, Trump partilhou um artigo do tabloide britânico The Sun, que avançava que o rei Carlos III estaria interessado em oferecer aos Estados Unidos um estatuto de membro associado da Commonwealth. O presidente norte-americano reagiu com entusiasmo: “Adoro o rei Carlos” e acrescentando: “Parece-me bem!”.

A proposta de integração parcial dos EUA na organização, segundo a publicação britânica, poderá ser formalmente apresentada durante a próxima visita de Trump ao Palácio de Buckingham. Esta iniciativa insere-se numa tentativa de Carlos III de aliviar as tensões entre a Casa Branca e o Canadá, num momento em que os dois países enfrentam divergências comerciais e diplomáticas.

A possível adesão dos Estados Unidos à Commonwealth surge num contexto histórico peculiar. Em 2026, será assinalado o 250.º aniversário da Declaração de Independência das 13 colónias norte-americanas face ao domínio britânico. A entrada na organização, ainda que num estatuto especial, marcaria um inesperado reencontro simbólico entre os dois países.

O Canadá, membro de longa data da Commonwealth, tem sido um dos principais pontos de atrito na política externa de Trump. O presidente norte-americano já expressou publicamente a sua vontade de tornar o país vizinho no 51.º estado dos Estados Unidos, uma ideia que gerou forte oposição por parte do governo canadiano.

Embora a Commonwealth seja muitas vezes associada ao passado colonial britânico, a organização tem evoluído ao longo das décadas para um espaço de cooperação multilateral, focado em valores comuns como o desenvolvimento sustentável, a democracia e os direitos humanos.