Acabou o Fiesta: mundo automóvel ‘despede-se’ do icónico modelo da Ford que vendeu mais de 22 milhões de unidades no mundo

Acabou o Fiesta: o mundo automóvel vai despedir-se, em julho, de um modelo icónico que vendeu mais de 22 milhões de unidades em todo o mundo. A Ford vai deixar de produzir este veículo na sua fábrica de Colónia, na Alemanha, o único sítio onde era fabricado, sem no entanto ter anunciado uma data oficial para a despedida.

O modelo nasceu como resposta aos condutores que exigiam carros mais pequenos e com menores consumos de combustível – o motivo foi a crise do petróleo, em 1973, causada pela recusa dos países da OPEP em vender petróleo às nações que apoiaram Israel na Guerra do Yom Kippur, o que fez escalar o preço dos combustíveis.

Assim, a marca americana lançou em 1976 o Fiesta, um carro económico (chegou ao mercado a um preço abaixo dos mil euros na altura) e pequeno. Para o seu fabrico, a empresa escolheu a fábrica que estava a construir em Almussafes, Valência, tornando-se no primeiro veículo a sair das suas linhas de montagem. Ali foram fabricados cerca de 5 milhões de Fiestas até 2012.

Desde o início, o Fiesta teve de competir com grandes rivais como o Fiat 127 ou o Renault 5, carros também menores do que o normal e bem recebidos pelo público. O modelo da Ford conseguiria sobreviver por muito mais tempo do que os dois modelos, que tiveram o seu fim na década de 1990. Apesar da forte concorrência, o Fiesta rapidamente se tornou um modelo de sucesso e em 1979, apenas três anos depois do seu lançamento, a Ford já havia vendido um milhões de Ford Fiestas.

Em 1983 foi o primeiro carro pequeno a ter motor a diesel, sendo que em 1989 tornou-se o primeiro automóvel a incluir de série o sistema de travagem ABS e o airbag, dois elementos que melhoraram significativamente a segurança de condução.