Abramovich estará a distanciar-se de Putin para sair da lista de sanções da União Europeia
O multimilionário, que até há bem pouco tempo era proprietário do Chelsea FC, está a processar o Conselho Europeu por ter sido incluído na lista de indivíduos com ligações ao Kremlin que estão a ser alvo de punições económicas pelo ocidente.
Desde 17 de março que Roman Abramovich consta da “lista negra” da União Europeia, tendo visto os seus ativos congelados nos países do ocidente e ficando impossibilitado de aceder ao lucro da venda do clube de futebol britânico, que resultou num produto de milhares de milhões de euros.
No dia 25 de maio, informa o ‘EUObserver’, os advogados de defesa do milionário russo apresentaram ao Tribunal Europeu de Justiça um requerimento para que seja ele retirado da lista, apontando que Abramovich “nunca expressou apoio pela política da Federação Russa para com a Ucrânia”.
A defesa argumenta que o empresário russo fez a sua fortuna antes do Presidente Vladimir Putin ter chegado ao poder e que é gerida maioritariamente fora da Rússia.
Segundo consta, ao pedido enviado para o Tribunal Europeu de Justiça os advogados de Abramovich anexaram um documento alegadamente assinado por um parlamentar ucraniano e um elemento ativo nas negociações de paz entre Moscovo e Kiev, David Arkhamia, no qual esse refere que o milionário russo tem desempenhado um papel ativo nos contactos entre os dois países e que foi responsável pela evacuação de mais de 400 mil civis da Ucrânia.
Para ser retirado da lista de sanções da União Europeia, Abramovich teria de receber o aval dos 27 Estados-Membros, algo que poderá revelar-se difícil, especialmente numa altura em que os países do bloco adotam posturas mais duras face à Rússia e aos associados de Putin.