Aborto nos EUA: Barbra Streisand acusa juízes do Supremo Tribunal de serem “talibãs americanos”
A atriz e cantora norte-americana junta-se ao coro de vozes que criticam a decisão do Supremo Tribunal dos EUA que, na semana passada, decidiu revogar a lei federal que permitia às mulheres no país abortar em qualquer estado.
Na sua página no Twitter, Barbra Streisand escreveu “O [Supremo] Tribunal usa dogmas religiosos para reverter o direito constitucional ao aborto” e acusa esse tribunal de ser os talibãs americanos”.
The Court uses religious dogma to overturn the constitutional right to abortion. This Court is the American Taliban.
— Barbra Streisand (@BarbraStreisand) June 24, 2022
A crítica da atriz foi acompanhada por outra publicação, na qual partilhava um artigo do ‘The New York Times’ em que um dos juízes do Supremo, Clarence Thomas, afirmava que a decisão sobre a lei do aborto permitia agora rever as leis sobre o casamento e relações homossexuais. “Clarence Thomas devida ter vergonha”, foi a resposta de Streisand à opinião do magistrado do Supremo, e disse que “temos que expandir o tribunal e deixar de Biden escolha juízes mais racionais que não mintam”.
Clarence Thomas should be ashamed of himself. We’ve got to expand the court and have Biden pick more rational judges who don’t lie. https://t.co/WDBrMo4B9o
— Barbra Streisand (@BarbraStreisand) June 25, 2022
De recordar que na sexta-feira passada, dia 24, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu reverter uma lei federal com 49 anos, transferindo para os vários estados a decisão de legalizarem ou criminalizarem essa prática nas suas áreas de jurisdição.
A decisão do Supremo veio evidenciar profundas diferenças ideológicas entre os estado norte-americano. O Missouri foi o primeiro a proibir efetivamente o aborto, ao passo que no Louisiana um juiz impediu que essa prática fosse ilegalizada. Ainda, a Califórnia anunciou que iria levar a decisão sobre o aborto a votos no próximo mês de novembro.
Depois de ser conhecida a decisão do coletivo de juízes, as redes sociais encheram-se de reações, algumas a favor e outras contra, desde políticos de ambos dos lados do Atlântico, a ex-Chefes de Estado e governantes.