Aborto nos EUA: Barbra Streisand acusa juízes do Supremo Tribunal de serem “talibãs americanos”

A atriz e cantora norte-americana junta-se ao coro de vozes que criticam a decisão do Supremo Tribunal dos EUA que, na semana passada, decidiu revogar a lei federal que permitia às mulheres no país abortar em qualquer estado.

Na sua página no Twitter, Barbra Streisand escreveu “O [Supremo] Tribunal usa dogmas religiosos para reverter o direito constitucional ao aborto” e acusa esse tribunal de ser os talibãs americanos”.

A crítica da atriz foi acompanhada por outra publicação, na qual partilhava um artigo do ‘The New York Times’ em que um dos juízes do Supremo, Clarence Thomas, afirmava que a decisão sobre a lei do aborto permitia agora rever as leis sobre o casamento e relações homossexuais. “Clarence Thomas devida ter vergonha”, foi a resposta de Streisand à opinião do magistrado do Supremo, e disse que “temos que expandir o tribunal e deixar de Biden escolha juízes mais racionais que não mintam”.

De recordar que na sexta-feira passada, dia 24, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu reverter uma lei federal com 49 anos, transferindo para os vários estados a decisão de legalizarem ou criminalizarem essa prática nas suas áreas de jurisdição.

A decisão do Supremo veio evidenciar profundas diferenças ideológicas entre os estado norte-americano. O Missouri foi o primeiro a proibir efetivamente o aborto, ao passo que no Louisiana um juiz impediu que essa prática fosse ilegalizada. Ainda, a Califórnia anunciou que iria levar a decisão sobre o aborto a votos no próximo mês de novembro.

Depois de ser conhecida a decisão do coletivo de juízes, as redes sociais encheram-se de reações, algumas a favor e outras contra, desde políticos de ambos dos lados do Atlântico, a ex-Chefes de Estado e governantes.

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