
“A transição para a Cloud é um dos processos fundamentais para a digitalização da economia”, assegura Associate Director da Accenture
A Accenture inaugurou no final do mês de outubro, em Matosinhos, o seu novo Centro de Excelência em Cloud Security, um projeto único na Europa que escolheu Portugal pelo talento e pelo potencial de crescimento neste segmento.
A Executive Digest falou com Ruben Viegas, Associate Director e responsável pelo Centro de Excelência de Cloud Security, por forma a perceber a importância deste centro para o universo da Accenture e conhecer o relevo da cibersegurança para o mundo empresarial.
Qual a importância do Centro de Cloud Security em Matosinhos para o universo da Accenture?
O Centro de Excelência de Cloud Security é o primeiro da Accenture na Europa e insere-se no âmbito da estratégia de expansão e crescimento da empresa em Portugal, depois da abertura de polos em Braga, Coimbra e Lisboa. A transição para a Cloud é um dos processos fundamentais para a digitalização da economia, mas é preciso garantir a inclusão da cibersegurança no centro de toda a estratégia, como forma de assegurar o crescimento sustentado e resiliente de negócio.
Este centro tem como metas a criação de mais emprego, atraindo cada vez mais talento qualificado nas áreas de cibersegurança, engenharia, consultoria, gestão de projetos e competências linguísticas; o aumento na oferta de serviços a clientes em território nacional, bem como o reforço na exportação de serviços para clientes nos cinco continentes, principalmente nos mercados europeu e norte-americano, contribuindo para jornadas de Cloud mais seguras e eficientes.
Como é que, com este projeto, a Accenture reforça as soluções para os clientes em Portugal e no mundo?
De acordo com um estudo recente, realizado pela Accenture, 74% dos CEO revelam preocupações com a capacidade das suas organizações em evitar ou minimizar os danos causados por um possível ciberataque. Neste sentido, torna-se necessário aumentar os serviços de segurança especializados em Cloud, que permitam transições mais resilientes.
As novas tecnologias assentes na Cloud oferecem oportunidades para impulsionar a inovação, automatizar e procurar mais crescimento ou simplesmente reduzir custos e ser mais eficiente, mas importa colocar questões de segurança no centro desta estratégia.
O novo centro da Accenture vai focar-se no desenvolvimento e fornecimento de uma vasta gama de soluções end-to-end que acompanham os clientes desde a estratégia, passando pelo aconselhamento e desenho da arquitetura, até à implementação de soluções e suporte operacional.
Este processo é conseguido através de um conjunto de competências que apoiam o sucesso de uma adoção segura e eficiente da Cloud, incluindo conhecimentos de segurança, consultoria, engenharia, automação e gestão de projetos.
Qual a importância da igualdade de género para a Accenture e que iniciativas desenvolvem para a atração e retenção de talento feminino?
O Centro de Excelência de Cloud Security da Accenture em Matosinhos emprega atualmente sensivelmente 50 recursos que, apesar de maioritariamente masculinos, conta já com uma percentagem considerável de profissionais qualificados femininos. Acreditamos que a força de trabalho do futuro é igualitária e estamos a trabalhar para que o talento feminino tenha cada vez mais expressão nos projetos da Accenture.
Atualmente estamos a reforçar as nossas campanhas de sensibilização e de atração de profissionais femininos para a área da cibersegurança, tanto através das redes sociais como também junto da academia.
A Accenture lançou também recentemente junto do seu parceiro Immersive Labs o programa Cyber Million que pretende treinar 1 milhão de jovens na área da cibersegurança no sentido de mitigar a falta de talento nesta área.
O Centro de Excelência de Cloud Security é um early adopter deste tipo de iniciativas e conta já com profissionais femininos de outras áreas que foram treinados na área da cibersegurança.
O que devem os executivos fazer para garantir a segurança digital das suas operações?
A melhoria da segurança digital das operações pode ser garantida pela integração da cibersegurança em toda a estratégia de negócio das empresas, considerando-a como um diferenciador competitivo que acelera a inovação.
Nesta estratégia é importante que se defina os processos corretos para identificar, reportar e mitigar riscos de segurança para o negócio; o envolvimento dos colaboradores a todos os níveis e um maior compromisso e responsabilização por parte da direção e do conselho de administração. Integrar a cibersegurança numa estrutura de gestão de risco empresarial é a chave para garantir uma melhor segurança, conformidade regulamentar, proteção do negócio e confiança dos clientes.
Que outros investimentos estão previstos para Portugal nesta área?
A curto prazo pretendemos continuar a reforçar a expansão do centro com a contratação e formação de mais profissionais na área de Cloud Security, alavancando assim o nosso talento local, e continuando a prestar um serviço de qualidade aos nossos clientes, numa escala maior. A médio prazo pretendemos avaliar capacidades adicionais na área da cibersegurança que possamos trazer também para o Centro e assim prestar um serviço mais holístico aos nossos clientes e providenciar uma maior gama de oportunidades aos nossos profissionais.