A Inteligência Artificial está a secar a Europa: Crise hídrica provocada pela necessidade de água para arrefecer Data Centers

Aragão, no nordeste de Espanha, é uma região historicamente marcada pela escassez hídrica. Hoje, enfrenta uma nova ameaça: os centros de dados que alimentam a revolução da Inteligência Artificial (IA). Com a União Europeia a acelerar a corrida tecnológica para rivalizar com os EUA e a China, o consumo de água por parte da indústria tecnológica tornou-se uma preocupação crescente.

Gigantes como a Microsoft e a Amazon estão a investir milhares de milhões de euros na construção de data centers em território europeu — instalações que, segundo estimativas, podem consumir milhões de litros de água por ano para arrefecimento.

Em 2024, a indústria dos centros de dados na Europa consumiu cerca de 62 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente a 24 mil piscinas olímpicas. Até 2030, esse número poderá chegar aos 90 milhões, segundo a organização Water Europe, revela o ‘Politico’.

Empresas como a Microsoft e a Google têm tentado acalmar as críticas, prometendo atingir um “consumo positivo de água” até 2030, ou seja, devolver mais água às bacias hidrográficas do que aquela que consomem. No entanto, especialistas duvidam da viabilidade científica dessa promessa.