80% dos componentes militares para a Rússia passam pela China, acusa enviado especial da UE

A China nega, mas os seus componentes são vitais para a máquina de guerra da Rússia, indicou na passada sexta-feira o enviado especial da União Europeia para a aplicação de sanções relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, citado pela agência de notícias estatal ucraniana ‘Ukrinform’.

De acordo com David O’Sullivan, cerca de 80% dos componentes que a Rússia usa na produção de armas vêm da China, e este é o maior desafio para a política de sanções da UE. O responsável europeu acusou Pequim durante a conferência ‘Fair Play’ em Kiev, dedicada à introdução de sanções adicionais contra a Rússia.

Para O’Sullivan, o assunto é desafiador para os líderes da UE discutirem com Pequim e que sempre que líderes como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ou o presidente francês, Emmanuel Macron, levantaram o assunto, a liderança chinesa afirmou não ter conhecimento do assunto.

O’Sullivan disse que as negociações semelhantes também são tensas na Malásia, Tailândia, Singapura e outros países do Sudeste Asiático, onde empresas locais geralmente são subsidiárias de empresas europeias.

De acordo com o responsável, nenhuma das empresas europeias, e provavelmente nenhuma nos EUA, quer comercializar produtos que, em última análise, são usados ​​no fabrico de armas russas, mas que, apesar da cláusula de “não revenda para a Rússia” e das verificações dos clientes, é difícil manter o controlo total da cadeia de abastecimentos.