1 em cada 3 empresas do setor dos jogos e brinquedos enfrenta risco elevado de não cumprir as suas obrigações financeiras
O setor da fabricação de jogos e brinquedos em Portugal tem mostrado um crescimento notável nos últimos anos, com um aumento de 44% no volume de negócios em 2023. No entanto, uma em cada três empresas do setor enfrenta um risco elevado de não cumprir as suas obrigações financeiras.
O setor, composto por 50 empresas a nível nacional, está concentrado nos principais centros urbanos do país. Lisboa lidera com 34% das empresas, seguida pelo Porto (28%), Aveiro (12%), Coimbra (4%) e Guarda (4%), com os restantes 18% espalhados por outros concelhos. Essa dispersão geográfica reflete uma dinâmica empresarial crescente, com 30% das empresas a surgir nos últimos cinco anos e 14% delas apenas no último ano.
Apesar da pequena dimensão, com 80% das empresas a serem microempresas e 15% pequenas empresas, o setor revela uma grande vitalidade. A maioria das empresas (95%) são de menor porte, enquanto apenas 5% são de média dimensão.
Em termos de tesouraria, 2023 registou uma melhoria na gestão financeira, com a redução dos prazos médios de pagamento a fornecedores de 61 para 51 dias. No entanto, os prazos de recebimento de clientes aumentaram, passando de 59 para 67 dias. Essa discrepância pode gerar desafios no fluxo de caixa, especialmente para as micro e pequenas empresas, que possuem menor capacidade para suportar os impactos dos atrasos no recebimento de receitas.