O bombardeamento implacável de drones da Ucrânia contra a indústria de petróleo e gás da Rússia reduziu profundamente a produção de combustíveis no setor retalhista, o que provocou escassez na cadeia de abastecimentos e até mesmo postos de combustível vazios, o que tem irritado os condutores russos.
Os preços exorbitantes nas bombas e as filas de quilómetros de carros estão a ser documentados exaustivamente pelos media locais, embora nunca mencionando o motivo: os drones ucranianos que repetidamente penetram o espaço aéreo russo e incendeiam refinarias de petróleo no oeste da Rússia.
As agências militares, de inteligência e de operações especiais da Ucrânia assumiram formalmente a responsabilidade pelos ataques contra 12 grandes refinarias russas desde o lançamento da campanha de bombardeamentos de Kiev contra a produção de energia e gás da Rússia, no final de julho último. Os danos causados por explosões e incêndios reduziram a capacidade de processamento de petróleo da Federação Russa entre 17% e 25%, segundo analistas do setor.
Segundo uma estimativa do ‘Kyiv Post’, o total de ataques de drones de longo alcance da Ucrânia contra alvos da indústria energética russa, até esta sexta-feira, seja de pelo menos 21 a refinarias de petróleo russas desde 1 de agosto, com algumas instalações a terem sido atingidas duas ou até três vezes. De acordo com esses dados, drones ucranianos realizaram grandes ataques e danificaram outras infraestruturas da indústria energética, como estações de bombeamento de petróleo, plantas químicas e terminais de navios petroleiros pelo menos sete vezes.
No entanto, não estão a ser relatados problemas de combustíveis nas regiões mais ricas e politicamente importantes para Putin, como Moscovo e São Petersburgo, mas fora destes centros, nos 11 fusos horários da Rússia, encontrar combustível tem sido cada vez mais complicado.
Segundo relatos da imprensa, a escassez e as interrupções foram mais graves na costa do Pacífico, no leste e centro da Sibéria, nas regiões sudoeste de Rostov e Krasnodar, ao longo do centro e baixo rio Volga e até mesmo nas Ilhas Curilas, próximas ao Japão, bem como no enclave de Kaliningrado, entre a Lituânia e a Polónia.
Adjacente às linhas de combate e a uma importante base militar russa, a Crimeia e a sua infraestrutura de combustível e transporte são atingidas por drones, bombas, artilharia ou mísseis ucranianos quase diariamente. Um comunicado divulgado na passada terça-feira pelo Ministério de Combustíveis e Energia da República da Crimeia, no entanto, não mencionou a guerra.
Em vez disso, a declaração das autoridades russas indicou disse que os postos de combustível vazios e as enormes filas de automóveis eram devido à “procura atual, à distância significativa entre esses postos de gasolina e os depósitos de petróleo das empresas comerciais, bem como às restrições temporárias nas rotas de entrega logística”.
Na semana de 12 a 19 de setembro, enquanto os preços dos combustíveis disparavam para níveis recordes e as redes sociais russas e notícias locais confirmavam incidentes pontuais de filas de automóveis com quilómetros de extensão e postos de combustível vazios, a agência de notícias estatal russa ‘TASS’ relatou que a indústria energética da Rússia estava em boa forma e as perspetivas para a produção de petróleo e combustível eram positivas.
While Putin puts on a good face in China, Russia's fuel crisis continues to spiral, with lines for all grades of gasoline now spreading to every region of the country. pic.twitter.com/TnDB4bVsDF
— Kyiv Insider (@KyivInsider) September 1, 2025
Khabarovsk, Russia ❗
⛽ Queing for gasoline continues! Gasoline is left only at two gas stations in Sovetskaya Gavan! There is no 95-octane fuel at all. Last Friday, announcements about the lack of fuel appeared at gas stations in the city and the surrounding areas. Later, 95… pic.twitter.com/Ik55oYJzzC— LX (@LXSummer1) September 1, 2025
Khabarovsk region, Russia ❗
⛽❌ An entire region of Khabarovsk Krai has been without gasoline for two days! The fuel crisis in the region has been going on for over a week. Even emergency deliveries have not improved the situation. Last weekend, residents of Sovetskaya Gavan… pic.twitter.com/n0bm9YKhtd— LX (@LXSummer1) September 6, 2025














