Elon Musk, multimilionário dono da SpaceX, impediu a Ucrânia de usar o sistema de Internet via satélites Starlink da empresa várias vezes durante a invasão russa, o que obrigou o país a mudança de estratégia no terreno.
Em causa, segundo relatam fontes próximas do caso ao The New York Times, está a ‘nega’ dada por Musk às Forças Armadas da Ucrânia para que ligasse o sistema de satélites perto da Crimeia, em território ilegalmente anexado por Moscovo, para que Kiev pudesse levar a cabo operações militares na região.
Desde finais de fevereiro de 2022 que o fundador e dono da Tesla assegura o serviço de Internet via satélite à Ucrânia, após as infraestruturas ucranianas serem derrubadas num ciberataque russo e cortarem o acesso à rede.
O controlo único de todo o aceso a esta tecnologia de Internet via satélite por Musk preocupa as autoridades, já que é essencial nas comunicações da Ucrânia desde início da guerra.
Já em fevereiro deste ano, a SpaceX, que gere o Starlink, tomou medidas para que o serviço não pudesse ser usado para controlar drones na região. Após anúncio da medida, o conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, disse que a empresa tinha de “escolher um lado” na guerra contra a Rússia.
“O Starlink é agora, de facto, o sangue de toda a nossa infraestrutura de comunicações”, aponta Mykhailo Fedorov, ministro da Digitalização da Ucrânia, indicando que é “uma das componentes do sucesso alcançado” nas frentes de batalha e que “o número de vidas que o Starlink ajudou a salvar pode ser medido em largos milhares”.
Musk, recorde-se, pediu aos EUA que financiem os serviços de Internet prestados à Ucrânia, estimando os custos em quase 400 milhões de euros por 12 meses.














