Mulher burlada em 47 mil euros por cibercriminosos que se fizeram passar por Elon Musk através da IA e uma identidade… em Marte

Graças à Inteligência Artificial (IA), os cibercriminosos estão a conseguir criar boatos muito realistas que, para pessoas com menos conhecimento tecnológicos, são muito difíceis de detetar, por mais inconcebíveis que sejam

Francisco Laranjeira
Maio 22, 2024
14:57

Há cada vez mais golpes extravagantes por parte dos cibercriminosos: para espanto de muitas pessoas, conseguem mesmo assim enganar os utilizadores e tirar o seu dinheiro.

Graças à Inteligência Artificial (IA), os cibercriminosos estão a conseguir criar boatos muito realistas que, para pessoas com menos conhecimento tecnológicos, são muito difíceis de detetar, por mais inconcebíveis que sejam.

O exemplo mais recente tornou-se viral nas redes sociais: uma mulher coreana perdeu cerca de 47 mil euros depois de ter sido enganada por uma pessoa que ela acreditava ser o magnata multimilionário Elon Musk – embora essa nem seja a ‘pior’ parte da história.

Conforme noticiado pelo ‘South China Morning Post’, uma mulher da Coreia do Sul sofreu um golpe ‘deepfake’ (vídeos, imagens e fotos geradas com IA) em que os cibercriminosos começaram por se fazer passar por Musk, tendo iniciado uma espécie de relacionamento com a mulher, na qual o ‘magnata’ lhe contava o que fazia através de mensagens privadas num aplicação asiática.

Embora seja verdade que a princípio a vítima desconfiou da veracidade deste perfil, graças às fotos, vídeos e até uma cópia de um documento de identidade de Marte em que dizia ser o primeiro cidadão do planeta, conseguiu convencê-la.

A partir daqui, o cibercriminoso começou a enviar mensagens nas quais afirmou que poderia ajudá-la a enriquecer, garantindo “ter um projeto muito importante nas mãos” e que precisava de ajuda financeira para o realizar. De acordo com a denúncia apresentada, a mulher investiu cerca de 70 milhões de won (quase 47 mil euros), um negócio que deveria fazê-la duplicar rapidamente o investimento.

Naturalmente, o cibercriminoso deu uma conta coreana para ser depositado o dinheiro – claro que no momento em que foi enviada a quantia, a vítima nunca mais ouviu falar do ‘Elon Musk’ ou do dinheiro investido.

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