Eduardo Ferro Rodrigues e Diogo Pacheco de Amorim, ex-presidente da Assembleia da República (AR) e atual vice-presidente da AR pelo Chega, respetivamente, ‘obrigaram’ os respetivos motoristas a realizar o maior número de horas extraordinárias por mês: de acordo com o ‘Correio da Manhã’, houve 76 e 51 horas a mais de trabalho, em média, por mês, o que ultrapassa o limite legal imposto pela lei.
No total, apontou o jornal diário, os ‘campeões’ das horas extra foram todos responsáveis pela presidência da AR: Ferro Rodrigues, Pacheco de Amorim, Augusto Santos Silva, José Pedro Aguiar-Branco e Teresa Morais tiveram os respetivos motoristas a conduzir mais 8.889 horas extraordinárias, pelo que receberam um total de 69.825 euros – valor esse, indicou o Parlamento, inferior ao limite legal.
Eduardo Ferro Rodrigues foi quem mais requisitou o motorista: o ex-presidente da AR, entre outubro de 2015 e março de 2022, fez o motorista conduzir mais 76 horas por mês, para um total de 6.384 horas: recebeu 44.181 euros, uma média de 526 euros mensais.
Já o atual vice-presidente da AR, Pacheco de Amorim, viu o seu motorista atingir, em média, 51 horas extras por mês, sendo que por semana fazia 12,7 horas extra a mais: assim, as 765 horas extra valeram-lhe 8.805 euros, numa média de 587 euros mensais.
Segue-se Augusto Santos Silva, presidente da AR entre março de 2022 e março de 2024: neste período, o motorista fez 45 horas extraordinárias por mês, para um total de 1.080, sendo que recebeu 9.696 euros, uma média de 404 euros mensais.
Por último neste ranking, os motoristas de José Pedro Aguiar-Branco e Teresa Morais, com 9 e 7 horas a mais por mês: no caso do atual presidente da AR, foi compensado com 6.090 euros, a uma média de 406 euros mensais.
De acordo com a lei, os motoristas da Assembleia da República podem ultrapassar as 100 horas por ano de trabalho extraordinário até ao limite de 200 horas anuais, mediante autorização do secretário-geral da AR.














