Mercado de segunda habitação: o novo refúgio do investimento imobiliário

Opinião de João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s

Executive Digest
Setembro 16, 2025
10:07

Por João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s

Nos últimos cinco anos, o aumento dos preços no mercado imobiliário residencial tem imposto barreiras significativas ao acesso à habitação para a maioria dos portugueses. Seria, portanto, expectável que o mercado de segunda habitação sofresse uma forte contração: se o esforço para aquisição de uma primeira habitação teve um aumento exponencial, como poderiam os portugueses pensar em comprar uma casa de férias? Curiosamente, passa-se exatamente o contrário.

Estamos a assistir a uma tendência crescente de investimento no mercado imobiliário, motivada pelo baixo retorno dos produtos financeiros tradicionais, como depósitos ou certificados de aforro. A par deste fenómeno, o crescimento do turismo em Portugal tem colocado os produtos turísticos no centro das atenções dos portugueses.

Se muitos optam por investir em imóveis em planta, com o objetivo de aproveitar a apreciação e a valorização do mercado no espaço de dois a três anos, outros veem a segunda habitação como uma melhor alternativa de investimento. Combinando a possibilidade de utilização periódica com a rentabilização conseguida através do arrendamento sazonal, as segundas habitações potenciam o valor das poupanças dos portugueses, ao mesmo tempo que permitem usufruir de uma casa de férias ou fim de semana.

Por estes motivos, o mercado de segunda habitação tem crescido de forma significativa em Portugal. Ao longo do litoral, nomeadamente em localizações turísticas como Algarve, Alentejo, Comporta e Óbidos, estão a surgir projetos que permitem um retorno anual de investimento acima de 4% e, simultaneamente, oferecem aos proprietários a possibilidade de utilização do imóvel por períodos que variam entre duas e quatro semanas por ano. Os investidores conseguem assim tirar partido de dois setores que têm tido um enorme crescimento em Portugal: o turismo

e o imobiliário. Afinal, que outros investimentos combinam rentabilidade anual, férias pagas e valorização do capital investido?

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