Não havia tão poucos candidatos ao ensino superior público desde a pandemia da Covid-19: a primeira fase do concurso nacional terminou esta segunda-feira com 49.595 candidatos, menos 9.046 do que na 1ª fase do ano passado e é preciso recuar até 2018/19 para encontrar números tão baixos, então com 49.362 candidaturas.
De acordo com dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), em 2020/21 e 2021/22 candidataram-se na 1ª fase mais de 60 mil estudantes (62.561 e 64.004, respetivamente): no ano seguinte, o número de candidatos baixou para 61.507, sendo que em 2023/24 voltou a descer, para 59.073. Já no ano passado, a 1ª fase voltou a ter menos estudantes: 58.301, menos 1,3%.
Em 2020, ano de pandemia da Covid-19 que levou a uma mudança temporária das regras de acesso ao ensino superior, dispararam as candidaturas.
De forma gradual, nos últimos anos, algumas das regras foram sendo repostas, como a obrigatoriedade de realizar vários exames nacionais.
As associações de estudantes têm alertado que a falta de alojamento a custos acessíveis e as dificuldades financeiras das famílias para suportar um filho a estudar longe de casa pode contribuir para afastar os jovens do Ensino Superior.
Por outro lado, este ano, há mais de 55 mil vagas no regime geral de acesso do ensino público, às quais se somam outras 717 vagas para os concursos locais, como os cursos artísticos que exigem pré-requisitos à entrada.
A estas vagas, juntam-se outras 21 mil que são abertas nos regimes e concursos especiais, como é o caso dos maiores de 23 anos ou mudanças de curso. No privado, existem perto de 25 mil lugares disponíveis.














