A nova ronda negocial entre Governo e sindicatos dos médicos terminou esta sexta-feira sem que se atingisse um acordo e, por isso, mantém-se as greves previstas para 1 e 2 de agosto a que acresce uma nova ação de protesto, no primeiro dia da paralisação.
Os sindicatos dos médicos irão entregar uma contraproposta ao Governo a 1 de agosto, na concentração nacional destes profissionais de saúde que está agendada para esse dia, data em que começa a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. Da mesma forma, mantém-se as greves já agendadas para setembro.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) afirma que a “reunião no Ministério da Saúde (MS) serviu para deixar claro ao governo que a FNAM irá analisar a proposta que foi entregue às 02h59m, na madrugada do dia 27, e que entregará a sua contraproposta no dia 1, no Ministério da Saúde, onde, a partir das 15h00, terá lugar uma Concentração Nacional de Médicos”.
A estrutura sindical liderada por Joana Bordalo e Sá defende que a próxima reunião “a acontecer, devia ser na presença de um mediador externo e independente”, que resolvesse a “falta de competência” e a “má-fé” do Ministério da Saúde.
“Depois de 462 dias de negociações faremos uma avaliação da proposta tão responsável como exigente, e apresentaremos uma contraproposta que sirva os médicos e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no próximo dia 1 de agosto, às 15h00, numa Concentração Nacional de Médicos, em Lisboa, à porta do Ministério da Saúde, na Av. João Crisóstomo, n.º 9, Lisboa”, indica a FNAM.
Os médicos reclama a resistência da tutela “em negociar salários justos e condições de trabalho dignas para os médicos, e travar a deterioração do SNS”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM), avança também que irá entregar uma contraproposta no mesmo dia e nos mesmos moldes e também irá manter as greves marcadas para agosto e setembro, perante a necessidade “urgentíssima de chegar a acordo”. Por outro lado, Roque da Cunha, líder sindical do SIM, discorda da posição da FNAM de ser necessário um mediador independente nas negociações entre médicos e Governo.














