A saída de trabalhadores do Estado para a reforma acelerou significativamente em 2025. De janeiro a junho, 10.366 funcionários da administração pública aposentaram-se, o que representa uma média superior a 57 reformas por dia, de acordo com os dados da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e da síntese de execução orçamental analisados pelo Correio da Manhã. Em comparação com o mesmo período do ano passado, registaram-se mais 1.160 saídas — em 2024, foram 9.206 aposentações no primeiro semestre, com uma média diária de cerca de 50.
O mês de junho destaca-se com um total de 1.321 novas reformas na Função Pública. A maior fatia corresponde a funcionários das autarquias, com 344 aposentações. Logo a seguir surgem os educadores de infância e professores dos ensinos básico, secundário e superior, num total de 250. O setor da saúde também viu uma saída significativa, com 155 trabalhadores reformados, entre auxiliares, técnicos, enfermeiros e médicos.
A mais elevada pensão concedida em junho foi atribuída à juíza desembargadora Maria Filomena Valido Viegas de Paula Soares, que servia no Tribunal da Relação de Évora e passa a auferir 7.075,35 euros mensais após a jubilação. Este valor destaca-se entre os novos pensionistas do setor da Justiça, tradicionalmente com pensões acima da média.
Março foi até agora o mês com maior número de aposentações, registando 2.059. No que respeita ao valor das reformas, a tendência também tem sido de crescimento: todas as novas pensões atribuídas pela CGA este ano mantêm-se acima dos 1.720 euros mensais. Se esta evolução continuar, a média anual das pensões poderá ultrapassar os 1.707 euros registados em 2024.
